Animais e entretenimento? Não me
parece.
Os profissionais que cuidam dos
animais já provaram, há muito, que determinados espetáculos não só afetam o
bem-estar dos animais, como são na realidade uma crueldade. Do outro lado estão
os defensores da tradição: a tourada, o circo, e por aí vai.
A privação da liberdade dos animais
que andam com o circo é o mínimo dos problemas (considerando tudo o que passam
por lá). Vivem em cativeiro, forçados a aprender um comportamento antinatural
para atuar e divertir os humanos. Lamentável. Jardins zoológicos, oceanários e
afins também estão na minha lista negra. Não é tão giro tirar fotos com tigres
que estão drogados? Já que, devido aos seus instintos, de outra forma não
conseguiriam estar ali sossegados. E os golfinhos? E os tubarões nos grandes
aquários? Presos no meio da turbulência das grandes cidades? Quando podiam
estar na imensidão do oceano, o seu habitat natural. Não consigo encontrar
graça nenhuma a isso. Não me fascina. E os elefantes? Que são mal tratados e
forçados a aprender os comandos que os treinadores desejam para evitarem serem
magoados? Se estiverem interessados sobre o sofrimento pelo qual os elefantes
passam há muitas gerações, pesquisem sobre o trabalho escravo a que são
sujeitos em países como a Tailândia. Aproveitem e pesquisem também sobre casos
comprovados de depressão dos animais que vivem em zoológicos e circos. Vivem em
jaulas, não podem explorar nem brincar. Estão apenas “na montra” para os
humanos se divertirem.
E o que dizer sobre as touradas? Elas
remontam ao século XII e Portugal e Espanha são grandes impulsionadores desta
prática. Antes do “espetáculo”, os cornos do animal são serrados (o processo é
doloroso sim) para que sejam colocadas as “embolas” e após a corrida inicia-se
o processo de retiradas de bandarilhas (ferros), que estão espetadas no dorso.
Por vezes é preciso cortar o touro para que o processo seja concluído com
sucesso. E em sofrimento e ferido, o animal segue para o seu destino – o abate.
Alguns morrem antes de entrar no matadouro. Já sei que vão dizer que nem todos
os animais são mortos, mas não se iludam. Se houver um em mil que não seja
morto já é muito! Para entenderem todo o processo que envolve o antes e pós-tourada,
aconselho a leitura do seguinte artigo: http://mgranti-touradas.blogspot.com/2009/07/touradas-portuguesa-o-sofrimento-dos.html
(vale muito a pena).
É caso para perguntar: a morte
diverte-te?
JB