domingo, 26 de julho de 2015

Um dia

Não sei o que mais me seduz. Se a imagem ou a ideia que tenho dela. Ou ambas.
Não é difícil percorrer mil enredos de faz-de-conta, ainda que haja o risco de perder o fôlego. Retalhos de histórias que passeiam livremente numa tela onde a vida se confunde com o que foi e o que é, o que poderia ter sido e o que nunca chegou a ser.
Um dia sairei por aí. Olhos postos no horizonte, passos seguros no asfalto e o pôr-do-sol no cabelo. Um dia, não hoje.



AB

segunda-feira, 6 de julho de 2015

É só um pouco mais de azul…

Diga-se o que se disser (e quiser), nada te retirará o brilho. Porque até o céu é azul.
Não posso apropriar-me das palavras, tão pouco das emoções alheias. Mas posso usar as minhas como bem me aprouver. No corrupio do “ diz que disse” ouvem-se, amiúde, impropérios desprovidos de tudo. Alguns fruto do acaso, outros nem tanto. É preciso alguma (por vezes em dose substancial) serenidade para nos distanciarmos de tais despautérios. Estamos, digamos assim, vacinados contra o “não isto e não aquilo”. E, como quem conta uma mentira, não é porque se repete muitas vezes que poderá, alguma vez, passar por verdade. Que digam, que falem. Não foi sempre assim? O que nos importa a nós o que os outros dizem? Importa-nos, sim, o que os nossos olhos enxergam. A luta para chegarmos onde estamos. A nossa história. Orgulho, raça, perseverançaTudo o que nos distingue dos outros.


Deparo-me, não raras vezes, com a questão “O que leva alguém do Sul a escolher o FCP”? Esta, meus caros, é uma espécie de “one million dollar question”. Não há “a” resposta. Porque tudo o que é genuíno não se explica, sente-se só. Um “chamamento” que nos impele a seguir um caminho em detrimento do outro? Possivelmente. A verdade é que seguimos por ali, sem olhar para trás. Como um casamento, na alegria e na tristeza, nos bons e maus momentos… E é isto. Simples assim.
Que venham os próximos desafios. Nunca viramos a cara à luta. Afinal, um Dragão só baixa a cabeça para beijar o símbolo.



Aida Batalha