É caso para perguntar:
- Por onde anda a magia?
Desencontrámo-nos do estado de graça que
nos tem acompanhado desde há muito. Parece que a ânsia de chegar rápido nos dificulta os movimentos e atrapalha a
eficácia.
Esta bem que poderia ser uma análise do jogo de domingo. Mas, como diz o cliché, seria “estar a
chover no molhado”. Certamente já se fizeram milhares de análises ao que faltou
na Amoreira.
Já se apuraram causas, razões, já se
encontraram culpados. E até poderei concordar com um ou outro apontamento.
Lopetegui continua a inventar, Adrián não se consegue adaptar, erros
individuais continuam a surgir, passes falhados, enfim. De tudo isto se pode
espremer umas quantas boas razões para nos
terem escapado os tão almejados 3 pontos.
Noite fria, começou bem, prometia. A juntar
ao frio da noite, o golo do adversário, após aquela magia de Brahimi. Como
poderia isto ser? Um pensamento recorrente em todos quantos, como eu, erguemos bem alto os nossos cachecóis e
afinámos as gargantas para apoiar a equipa do nosso coração. E desabafos não
faltam, para todos os gostos.
Mas é assim mesmo. Nem sempre corre bem.
Mas por ti, nosso mágico Porto,
tudo. Damos (quase) tudo, fazemos o (im)possível. E reclamamos, porque é um
direito que nos assiste, mas lá continuamos, juntos por um amor maior.
Por mim digo que alguns “ares” do Soares também não estiveram à altura dos
acontecimentos e a história repetiu-se: um empate com algumas decisões
duvidosas e um tanto fora de tempo.
Como já perceberam, não vou entrar em
pormenores técnicos que já devem ter sido bem dissecados. Apeteceu-me poetizar
o “frio” da Amoreira. Parvoíce certo? Onde é que já se viu poesia rimar com futebol.
Não rima de facto, mas a arte de
escrever poesia e a arte de praticar bom futebol têm algumas semelhanças: não é
para todos, está claro, mas devemos tentar sempre compreender os resultados,
por mais inexplicáveis ou incompreensíveis que possam parecer.
Os nossos rapazes nem sempre nos dão a
magia de que gostaríamos; teremos de fazer com que nos percebam, sem ataques ou julgamentos mordazes.
Numa relação de amor dá-se e recebe-se. Nós
damos-lhes o nosso tempo, a nossa fé, a nossa dedicação, os nossos fins-de-semana.
Precisamos também de alguns “mimos”.
Queremos mais: mais alegrias, mais vitórias,
mais exibições de luxo.
Dito isto, gostava de ouvir desse lado reacções e emoções que o nosso grande FCP vos desperta. Como dizia há tempos um
anúncio da tv, “deita cá p’ra fora”.
Aida Batalha
(Obrigada minha querida, por
partilhares o nosso Portismo, sempre
bem representado, mesmo quando eu não posso. Obrigado por ergueres o nosso
símbolo com tanto orgulho. “Manuscas” como tu já não se fazem)