sábado, 11 de maio de 2013

A Grande Reviravolta

Há momentos que, por mais que os expliquemos, por mais que usemos as palavras mais bonitas e sentimentalistas que possam existir, mesmo assim não saberia dizer o que senti ontem. 
Mas senti adrenalina, senti-me na proa do Titanic, senti-me a escorregar de uma montanha, senti medo. Sim, senti medo. Mas, no minuto em que me apercebi que estava a sentir medo, disse a mim mesma “mas tens medo do quê?!! Confia na tua equipa, se o pior acontecer vais sair daqui de Dragão ao peito na mesma”. A minha relação de amor com o Futebol Clube do Porto não se alimenta só de vitórias, pois o azul que me pinta a alma, pinta-me também o coração. Eu consolaria o FC Porto (eu e a minha enorme FAMÍLIA PORTISTA), tal como o FC Porto já me consolou tantas vezes. Quando a vida não correu bem, quando os amigos partiram, quando as pessoas me desiludiram, quando tudo parecia dar errado, foi ao FC Porto que me agarrei, tantas e tantas vezes. E com ele sorria, com ele voltava a erguer-me, a sentir alegria, energia, vida. Poderá ser um exagero para muitos, para os “meus” julgo que sabem do que falo.
É do conhecimento público que não temos a quantidade de adeptos que grandes clubes têm. É um dado matemático real. Mas a qualidade dos que temos arrepia. A união. A garra. A força desta família. São o pilar da equipa. Somos os pilares uns dos outros. Quando se ouve o velhinho ditado “importa a qualidade e não a quantidade”…. Acreditem nele.
Este desabafo é a minha análise ao jogo de ontem. Sabem porquê? Porque ontem jogámos com o coração. Ontem, todos juntos, fomos amor. As tácticas, a perícia técnica, não entraram em campo, se tivessem entrado … teriam sofrido mais uma goleada caros rivais.
Quando se pensa que já se perdeu tudo… tal como aconteceu com o Porto em março… vem a vida provar-te que a luta vale a pena. Vem a vida recompensar-te. Porque, até essa altura, o FC Porto jogava a 100%, suava a camisola, deixava a alma naqueles relvados, e a nossa recompensa tardou, mas chegou.

A vida é como um jogo de futebol.
Ontem li e ouvi (de pessoas conhecidas, de pessoas amigas, de desconhecidos) comentários duros, cruéis. “Corruptos. Metem nojo. Ganham com a sujidade do Proença.” Compreendo que é o calor do momento, mas, a partir de hoje, não farão mais parte da minha lista, vida ou “mapa de conhecidos”. Afinal, não quero enojar ninguém e assim facilito-vos a vida.
O Benfica tem grandes jogadores, enormes mesmo. Demolidores, assumo. O FC Porto tem jogadores de topo igualmente. Por isso, são das equipas com maior passivo em Portugal. Custa tê-los e mantê-los. Quando não percebem de mais nada, limitem-se a admirar os vossos jogadores, mas nem se atrevam a menosprezar os meus. Avaliações desprovidas de sentido, é o vosso desporto. Pois desafio-vos a dar-me um nome que possa, neste momento, ser melhor em Portugal que Mangala. Nada mais vos peço.

A minha equipa é sem dúvida uma grande fonte de vitalidade e dopamina.
Obrigado Porto.
Obrigado à minha família +Porto.

#JulianaBatalha

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