Depois de ler o texto que vai abaixo copiado, só me apetece dizer:
Obrigado mami e papi. Por me deixarem fazer bolinhos de areia, confiando que eu não os comeria (e se comesse a minha mãe dizia “o que não mata engorda”). Obrigado por me deixarem brincar às escondidas, às corridas. Obrigado por me deixarem jogar à bola e ao moche (não, não era da TMN) com os amigos do mano. Obrigado por me deixarem esfolar os joelhos, o queixo, e tudo o resto! Estas cicatrizes, hoje, levam-me a um lugar perfeito chamado: infância. E não, a minha mãe nunca ficou histérica por isso. Dizia-me que tinha de ser rija. Obrigado por me deixarem brincar na rua até à hora de jantar. Obrigado papis, por me terem deixado ser criança.
Apreciem!
“De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 70, 80, não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas, em tinta à base de chumbo que nós, muitas vezes, lambíamos e mordíamos.
Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas ‘à prova de crianças’, ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.
Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.
Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar à frente era um bónus.
Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem.
Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.
Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.
Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos todos partidos nas silvas… aprendíamos.
Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.
Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.
Não tínhamos Play Station, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet. Tínhamos amigos – se os quiséssemos encontrar íamos à rua.
Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía! Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.
Havia lutas com punhos mas sem sermos processados. Aprendíamos a andar de bicicleta, na bicicleta do pai ou do vizinho e chegávamos a casa com os joelhos todos esfolados.
Batíamos às portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados!!
Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não íamos a pé para a escola; não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.
Criávamos jogos com paus e bolas. Jogávamos à bola e brincávamos ao pião. Jogávamos à carica e ao berlinde, às três covinhas.
As meninas jogavam às pedrinhas e saltavam à corda. Brincavam às casinhas e às enfermeiras.
Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem. Eles estavam do lado da lei!!!
Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.”
Como tudo isto é verdade... que saudades destes tempos!
ResponderEliminarQue tempos de saudade! Muito bom ler algo de qualidade. Delicioso!
ResponderEliminarConfere!
ResponderEliminarRevejo-me nos anos 70 e da felicidade que não tinha preço nem hora.
ResponderEliminar1982 - os melhores dias da minha vida!
ResponderEliminarmelhor colheita - 1978
ResponderEliminarAdorei. Fez-me recuar no tempo. Numa fase feliz sem crise nem complicações, tudo mais puro e simples. Quantos golpes? Quantos ossos partidos? Tanta peripécia!
ResponderEliminargrandes tempos os 80's :)
ResponderEliminar1988 orgulho-me de ter nascido ainda nos 80's. Retive os valores!
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