domingo, 18 de agosto de 2013

Sadinos atrevidos, Dragões “confusos”

V. Setúbal 1 x 3 FC Porto – 1ª Jornada


O FC Porto tinha a oportunidade de contrariar as “tremidas” entradas nas últimas épocas, já que jogava em casa de um rival que não vence os Dragões há muito.

Num relvado em péssimo estado, os Campeões nacionais chegaram à baliza adversária logo antes dos 5’m. Um belo chapéu do nosso ChaChaCha inauguraria o marcador, mas o golo não foi assinalado – bola tirada em cima da linha de golo, na opinião da arbitragem. Na minha visão de jogo, a bola entrou o suficiente para ser considerado golaço do colombiano. Que falta fez a bola com chip!

Era um Porto com mais posse, domínio, meio – campo a aguentar-se. Defour a aparecer bem, ajudando a defesa, subindo no terreno e antes dos 10’m fez um belo cruzamento para a cabeça de Jackson, mas Kieszek estava em grande.
À beira do minuto 13, aquele golo do Vitória na recarga gelou-nos a alma! Os tricampeões pareciam confusos nos minutos seguintes, escorregando inúmeras vezes num piso vergonhoso para o escalão de futebol em que o anfitrião está. Irregular, seco e a saltar por todos os lados.
Aos 21’m o FCP já tinha 6 cantos, a equipa procurava igualar o resultado a todo o custo, mas o Setúbal sempre que podia saía em contra-ataque obrigando Helton a algumas defesas colossais. Que grande guardião é o nosso. Sempre excelente. 
Os sadinos continuaram atrevidos e decididos a surpreender de novo o FC Porto. Danilo e Alex Sandro tiveram tarefa difícil. Erros de Otamendi, Lucho e Fernando (nem sinal das suas “8 pernas”) – todos em desacerto. Só Defour construía jogo e à beira do intervalo isolou Martínez que, mais uma vez, foi travado por Kieszek.
A falta de extremos esteve bem visível e a convocação de mais um poderia ter sido valiosa para o FC Porto. Licá, único extremo puro no onze inicial, acusou alguma pressão e nervosismo.
Apesar do desaire dos Dragões no 1º tempo, a superioridade, a qualidade do nosso potencial foi evidente. Creio que o desconforto de estarmos a perder causou algum enervamento, isto e o futebol direto que o Setúbal estava a praticar e do qual o FC Porto não gosta muito.
Tirar Josué e colocar Ghilas parecia-me uma opção válida.

O início da 2ª parte foi bem “quente”. Um penálti limpo sobre Jackson, cobrado por Josué, colocava o marcador em igualdade. E como resultado destes acontecimentos gerou-se uma enorme confusão no relvado com Kieszek a agredir Josué com uma cabeçada, após este ter ido buscar a bola dentro da baliza, na sequência do seu remate que converteu a grande penalidade. Expulsão justa do guarda-redes que já passou pela Invicta. É no calor destes acontecimentos que os adeptos do Vitória começam a atirar objetos para o camarote onde estava o Presidente Pinto da Costa. Vergonhoso o comportamento dos adeptos sadinos.
Defour sai aos 60’m com uma boa exibição. E eis que entra a magia em campo. Juan Quintero. Num minuto em campo fez um grande golaço!! James Rodríguez te adoramos e adoraremos sempre, mas agora temos um diamante!
Polémico o lance em que Otamendi tira a bola da linha de golo. Deixou tantas dúvidas como o lance idêntico ocorrido logo no início da partida, após remate de Jackson.
Aos 71’m um grande passe de Josué para uma má receção de Martínez. Apesar destes passes de grande inteligência, Josué não dá profundidade ao jogo. A falta bem feia aos 74’m sobre Licá deveria ter sido assinalada com um amarelo. Nada se viu.
Mesmo com 10 jogadores o Vitória tentava impor-se, quando, aos 88’m, o nosso colombiano JM9 fechou-nos a noite assinalando o 3º golo para os azuis.

Terminava um jogo difícil, com os ânimos a escaldar, mas com uma vitória deliciosa para o Dragão.


JB

2 comentários:

  1. E cá temos mais uma crónica muito bem escrita!Assim, sabe bem ler :) Excelente relato do que se passou dentro das 4 linhas, no Bonfim, ontem à noite!!

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