sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Loja de Vidas

Todos os dias a mesma história. Repetida nos velhos e (re) correntes hábitos mecanizados.
Muitos sonhos… Menos se afiguram ser as possibilidades de os concretizar.
Quem nunca deu por si, a meio de mais um  dia igual a tantos outros, a voar  para longe, para outras vidas?

Imaginamos as vidas de quem, por uma razão ou outra, admiramos e dizemos em surdina a nós próprios “Também quero uma assim”. Deveria haver uma loja de vidas. Hoje em dia já se vende de tudo, mesmo. Só teríamos de escolher: simplicidade, glamour, aventura, felicidade, amor. Bastaria escolher os “ingredientes”. Imaginam as possibilidades? Infinitas, por certo. E que fácil seria comprar uma nova de cada vez que algo nos dececionasse. Ou então trocar apenas os ingredientes.
Entretanto, o telefone toca, alguém chama e cá estamos nós, de volta ao mundo real, à vida para a qual olhamos, muitas vezes de lado, dirigindo-lhe palavras resmungonas porque não era assim que a queríamos, não foi assim que a pintámos.

Que fazer então? Continuar a sonhar com a vida que gostaríamos de ter ou procurar chegar o mas próximo possível da vida com que sempre sonhámos? A resposta não é fácil. Dá trabalho, muito trabalho. E ter trabalho, dá trabalho. E assim vamos deixando correr os dias.
Por outro lado,  a vontade de mudar abre a porta ao medo. Este medo, que deveria ser uma espécie de força motriz, é, não raras vezes, o travão. Imobiliza-nos, impede-nos de andar para a frente. Ah, e como nos apetece partir o travão que nos prende os movimentos. E, no entretanto, ficamos ali, em “ponto morto”, à espera, nem sabemos bem de quê…

E é isto. Assim gastamos a vida, num aglomerado de dias iguais que nos sustentam a existência. Sabemos que temos de evitar esta “morte” antecipada. Sim, sabemos. E a coragem? Coragem para nos deixarmos levar pela vida? Pois, é aqui que as palavras encravam e os pensamentos param.

Lá no fundo sabemos que é preciso aguentar, da melhor forma possível, as travagens e os obstáculos que nos surgem pelo caminho. E que nos devemos preparar, de modo a que não nos impeçam de continuar a sonhar e, principalmente, de viver.
Certo?...



 Texto Escrito por Ariel B. L.

sábado, 25 de janeiro de 2014

FC Porto 3x2 Marítimo - Desorientação e coração rumo a mais um clássico

Num dia emocionalmente triste para a comunidade Portista disputava-se a jornada decisiva para seguir em frente na taça que falta ao FC Porto.

O Marítimo começou por “avisar” o FC Porto logo após o apito inicial. Os insulares não tinham nada a perder e os Azuis e Brancos pareciam apáticos e desorientados. Não conseguíamos pegar no jogo, que continuava lento e sem espetáculo. Eis que aos 19’ m surge o golo de Jackson Martínez. Quando nada fazia prever, num lance rápido dos Dragões, um toque de luxo para Defour, este retribui e Cha Cha Cha inaugura o marcador.
A alegria Azul e Branca nem duraria 2 minutos. Numa recarga, o Marítimo iguala a partida. É justo dizer que Fabiano está isento de culpas.
O FC Porto tentava partir em contra-ataques rápidos, mas o ritmo lento voltava a instalar-se como que uma névoa, de onde só saíam remates enrolados. Num registo histórico, o Marítimo coloca-se em vantagem, com a marcação do 2º golo, facilitado por Danilo e Maicon. A equipa da casa perdia e parecia dormente, funcionando mal na generalidade. A noite não estava a correr bem para o Campeão Nacional.

Um início de 2ª parte nervoso, estranho e com lances caricatos. Até Fabiano leva amarelo por protestos. A escassa criação/ imaginação do FC Porto ouvia alguns assobios no Estádio do Dragão. Neste espetáculo de fraco futebol, o Marítimo ia encontrando todas as formas possíveis de quebrar ritmo ao FC Porto. O conjunto da casa não estava bem e a ansiedade começava a dar sinais. 
Perto do final do jogo a história iria mudar de rumo. Carlos Eduardo marca para o empate aos 85’ m. Estagnados no 2-2, resultado que não servia aos Dragões, os insulares faziam anti-jogo, o que só contribuía para o aumento do nervosismo já demonstrado pelos Portistas.
Nos descontos Ghilas é travado em falta dentro da área e esta grande penalidade assinalada viria dar um fim louco a um jogo que começou parado. 90 + 5’m, golo de Josué. A sua frieza e o seu Portismo não falharam desta vez. 
O Futebol Clube do Porto venceu por 3-2, apurando-se para o duelo com o clássico rival.


O Meu Homem do Jogo: Nenhum


Destaques

Danilo, Carlos Eduardo e Quaresma não funcionam bem ainda.
Josué, pelo seu sangue-frio.
As Claques Portistas sempre de parabéns.

Opinião

Vencemos com justiça, mas não vencemos com bom futebol. Há dias (noites) assim. Já vi acontecer com os aclamados colossos europeus: umas noites bestiais, outras noites bestas. Nada que não me pareça humano, por mais transcendentais que nos possam parecer os jogadores de futebol. Os erros do conjunto foram irritantes. Não vou negar nem pintar a cor-de-rosa o que foi negro. Preferíamos ouro sobre Azul, ao invés de ganhar nos descontos.

Mesmo com dificuldades, mesmo num dia triste, mesmo quando abanamos, prestem atenção ---> É mais difícil derrubarem-nos quando estamos de joelhos.



Algo que não entendo… Tínhamos mesmo de saber hoje da saída do Capitão? Tínhamos mesmo de saber hoje que El Comandante nos deixaria? Era um jogo decisivo. Ninguém se lembrou do impacto que esta notícia teria no plantel?


Isto é para ti, Lucho González: por melhores que tenham sido as tuas intenções, nada vai apagar a dor que deixaste na massa adepta que te tem como um ídolo. A tristeza de te perdermos, já que és um dos grandes símbolos do Clube (e por certo continuarás a sê-lo), vai demorar um bom tempo a passar. Se um dia voltares, mesmo de bengala, eu perdoo-te! Fica com a certeza de que jamais te esqueceremos.


Obrigado e até sempre, El Comandante!

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Bom dia :)



"Vou caçar mais de um milhão de vagalumes por aí,

Pra te ver sorrir eu posso colorir o céu de outra cor..."

domingo, 19 de janeiro de 2014

FC PORTO 3x0 Setúbal - 3 Golos para 33 anos de El Comandante

Não há noites “frias” no Dragão. O entusiasmo, a alegria, a magia de ver o Campeão em campo aquece a alma a qualquer verdadeiro Portista.
Hoje foi assim. A equipa dominou, geriu e com momentos verdadeiramente brilhantes. O poderio do Dragão foi esmagador.
O primeiro golo resulta de uma criação de “Varesma”, conhecem? Varela e Quaresma. De extremo para extremo. A bola fica em Jackson que aponta o 1º golo da partida aos 10’m.
FC PORTO controlava o jogo e ainda antes dos 35’m um momento (mais um de tantos) magnífico de Silvestre Varela. Mesmo sem ser o seu pé forte, alguém se esqueceu do extremo e este não perdoou. Contornar os adversários pareceu fácil e um remate de grande velocidade traria nova animação às bancadas Azuis & Brancas. Estava feito o 2-0.
Os sadinos pouco sinal de vida deram, mas quando davam, eram rapidamente ofuscados pelo futebol do FC PORTO. Ao cair do pano Carlos Eduardo faz um golo em “moinho” que levantou ainda mais o ânimo dos adeptos. Não há palavras para a qualidade dos golos de Varela e Carlos Eduardo.
Não há como destacar individualidades hoje. A equipa Portista conduziu o Setúbal à sua derrota, que poderia ter sido bem mais dilatada!


O Meu Homem Do Jogo: Silvestre Varela




Opinião

Um bom jogo disputado pelo Futebol Clube do Porto. Um adversário claramente assustado e sem armas para se debater no Estádio do Dragão. O Tricampeão Nacional fez um belo passeio no seu estádio, brilhou nos golos. O grupo esteve bem, não descurando que há coisas que continuam a precisar de ser afinadas. Criar mais estabilidade no onze titular, conforme já havia mencionado anteriormente, julgo que criar hábitos especialmente nos passes, entrosar mais os jogadores é essencial. Paulo Fonseca saberá o que tem de fazer.
Fernando, o “polvo” é de facto sempre fantástico. Não há como não mencioná-lo sempre. A sua capacidade técnica é soberba. Lucho teve sem dúvida, uma grande prenda de aniversário, bem como todos os adeptos que apoiam incondicionalmente a equipa. A família Portista desfrutou de uma noite em que se notaram evoluções positivas.
Se há algo que não percebo em determinados adeptos é a atitude basicamente repulsiva de censura quando um jogador comete um erro. Mesmo que tenha um jogo brilhante, se cometer um erro já está crucificado. Outro ponto que foge do meu alcance mental futebolístico é darem-se ao luxo de nem sequer ficarem contentes quando a equipa vence e passo a citar os motivos: a equipa não joga bem; a equipa joga bem, mas o adversário é fraco; “tal jogador” cometeu este e aquele erro… 

Sim, somos adeptos exigentes, queremos mais e melhor sempre. Mas daí a crucificar erros de pouca relevância (como hoje), criticarem a equipa porque estão muito “lentos” em campo e por quererem mais espectáculo? Tenho um bom conselho: vão ao circo.

Acrescento que o FC PORTO não tem culpa do Campeonato Português ter equipas que muitos consideram fracas e, por isso, mesmo que o FCP jogue bem, não conta. Poderá isto ser mais ridículo? Façam uma petição para colocar o FC PORTO noutro campeonato.
Aliás, na minha perspectiva, o facto de o FC PORTO não ter dado azo a qualquer descuido, por pressupor que a equipa adversária é muito fraca, foi o que permitiu não haver surpresas. Parece-me um raciocínio lógico.

Termino com um rasgado elogio a Silvestre Varela, o “mal-amado”. Faz jogos inteiros, é dono de um grande poderio físico e mesmo que não tenha o respeito dos ignorantes, tem o respeito de quem gosta e percebe de futebol.


Saudações Azuis

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

FC PORTO 4x0 Penafiel - Vencer nem que chovam... placards!

Marcadores de serviço:

Ricardo Quaresma aos 10’m
Martínez aos 52’m
Martínez aos 72’m
Varela aos 75’m
  • Bom entendimento com Josué, golo de cabeça de Quaresma, aos 10’m. Golo interessante, no mínimo.
  • Grande remate de Josué aos 16'm, passou por cima, mas foi um excelente remate, teria dado um grande golo!
  • Relvado em excelentes condições (até aqui).
  • Penafiel não ficava com o autocarro na frente da sua baliza, ía atrás do golo.
  • Os árbitros e as manias das simulações causam-me “repugnância”.
  • Aos 26’m Ghilas teve o 2º golo mesmo ali “à beirinha”, bom passe de Kelvin.
  • Fernando continua a ser crucial no FC Porto, nem na Taça da Liga (ou da cerveja como muitos lhe chamam) é poupado.
  • Josué hoje jogou numa posição mais confortável, é claramente a “sua” posição, bem mais no meio, as “alas” são para esquecer.
  • Bons movimentos de Ghilas, falta-lhe rodagem, mas muita evolução por parte do argelino.
  • Aos 38’m, Ghilas não foi egoísta, usou a sua arma (velocidade) e dá o golo a Defour, que falha a baliza, de uma forma impensável.

A encerrar o primeiro tempo, a chuva não deu tréguas, e as dificuldades eram evidentes para o bom espectáculo.

63% posse de bola para o Campeão Nacional

Início de 2ª parte: a chuva merece destaque! Tal como a fraca assistência.

A pausa ditada pelo mau tempo deu tempo para jantar e tudo!

  • Varela entrou bem, extremo sempre perto dos golos.
  • Ghilas que cruzamento de letra!! Grande parte do golo é do argelino, Martínez faz o mais fácil, ao marcar o golo.
  • Martínez bisa!
  • Varela marca também (em fora de jogo, não ando de olhos tapados, não, caros leitores).
  • Um festival de golos regado com muita chuva.
  • Josué é um jogador que tem boas qualidades, mas de temperamento difícil

Opinião

Sem destacar ninguém em especial, sublinho a evolução de Ghilas e a excelência com que Quaresma joga. A arrogância desportiva, saudável, produzida apenas por aqueles que podem. Josué, queria tanto que te comportasses melhor… Não deites tudo a perder, tens muito futebol dentro de ti, quando colocado na tua posição de conforto.
Jogo fácil? Não! Experimentem fazer o que o FC PORTO fez, naquelas condições. Têm consciência do difícil que, com toda a certeza, foi para o Penafiel?

Orgulho do FC PORTO e parabéns ao Penafiel que lutou contra o Tricampeão e contra a mãe Natureza.

(Curiosidade: Duarte Gomes não apitava o FC Porto desde Agosto de 2012 não questionemos os motivos por favor)

Que dizem deste cartaz? 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

PARABÉNS CR7. OBRIGADO POR TUDO.




Deixo algumas frases deste "nosso" menino, que tem a coragem de ser como é. O nosso ORGULHO.

"I am living a dream I never want to wake up from."


"Maybe they hate me because I'm too good." (Year: 2010)

"I've never tried to hide the fact that it is my intention to become the best."






domingo, 12 de janeiro de 2014

Benfica 2 x 0 FC PORTO - Com respeito sim. Com medo? NÃO. Jamais!

Rigor e competência eram as palavras de ordem. E eles sabiam-no. Vocês, que envergam essas preciosas cores, sabiam-no.

Não foram nervos. Não foi falta de apoio. Os GRANDES também cometem GRANDES erros. Também escorregam em “piso seco”.

A equipa da casa estava muito motivada. Tantos eram os motivos: jogar contra o TRICAMPEÃO em sua casa; homenagear Eusébio; quebrar uma humilhação há muito a “assombrar” aquela casa. Independentemente de tudo isso, nós sentíamos a vitória em cada milímetro do nosso ser. Repetiríamos a história recente.

Aproveitando o grande ambiente que viviam no seu reduto, o rival ía marcando cantos, dominando, procurava incessantemente o golo, anulando as tentativas que o FC Porto tinha para sair a jogar.
Antes dos 10’m Helton coloca a baliza em perigo, mal aproveitado este lance pelo Benfica. Mas não faltaria muito mais para o marcador ser inaugurado por Rodrigo, assistido por Markovic. Maus passes, faltas, remates ao lado. Houve de tudo um pouco. Especialmente para a equipa da Invicta as coisas não corriam nada bem. Benfica estava mais forte, mais orientado no seu objectivo e perante um meio-campo a falhar constantemente, os meninos da Luz chegavam com relativa facilidade à área Portista.
Antes do intervalo, Licá “dá” o golo a Martínez que, apesar da sua posição irregular, não conseguiu acertar na baliza, um falhanço desconcertante.
Terminou o 1º tempo e como sempre, o FC Porto tinha mais posse de bola. Perdia, era inconsequente nas saídas e parecia uma equipa sem inspiração. Não, não parecia. Eram mesmo.

A 2ª parte comprovaria a tendência da primeira. Garay certificou-se de cimentar o resultado logo aos 53’m. Helton e Mangala não ficaram bem na fotografia.
Desfile de cartões amarelos. FC Porto sem identidade. Rápidos contra-ataques do Benfica. Árbitro não esteve bem em inúmeras ocasiões. Para ambas as partes.
Jogo “quente”, mas longe de um bom espectáculo.

As claques Portistas faziam-se ouvir, merecem que nunca as esqueçamos. Têm um grande mérito. Têm a força que falta à equipa.



O Meu Homem Do Jogo: Fernando


Destaques

Otamendi, exibição negativa.
Mangala falhou no golo de Garay e fez uma grande penalidade (não assinalada).
Jackson não só não brilhou como se mostrou agressivo e parecia até nem ter a cabeça no jogo.
Quaresma, sofreu uma grande penalidade (não assinalada também).


Opinião

Maicon deveria ter jogado no lugar de Otamendi. É importante criar um 11 regular. Ritmos e hábitos de jogo entre os jogadores. Rotinas. É preciso não mudar o 11 a cada jogo que passa. Os atletas precisam de saber com o que contar. Tantas vertentes são importantes e necessárias para treinar mais de 20 jogadores e escolher os melhores. Defendo, porém, que essa escolha não pode variar com a frequência com que tem sido feita no plantel Azul e Branco.
Licá é dos jogadores que mais corre em campo. Deve correr mais do que todo o plantel junto. Sofre com a falta de entendimento dos colegas nos passes, o extremo sente em demasiado os erros que não são dele só, mas de TODOS. TODOS. TODOS.
Havia, no início da época, uma colocação mais frutífera, do lado esquerdo. Alex Sandro e Licá pareciam entrosar-se bem e poderia ter sido uma boa decisão ter apostado na regularidade destes jogadores. É a minha opinião. Deu um golo a Martínez que este não marcou. Para um ponta de lança, admito que Martínez não pode falhar em tantos lances.
Há dias mais felizes do que outros. É importante retirar as devidas lições, unir esforços, juntar forças e rumar ao que importa: grandes jogos, grandes títulos.


Para rir e descontrair (agora)…

Interrupção por ação faltosa assinalada, quando Cha Cha Cha segue isolado… Soares Dias optou por abdicar da Lei da Vantagem, não fosse o colombiano marcar golo e ele só queria ser correcto, claro. Obrigado.


Saudações Portistas

sábado, 4 de janeiro de 2014

FC Porto 6x0 Atlético – Fantasmas não assustam Dragões

Fim de tarde frio na Invicta. Tudo preparado para mais uma final. O rival, esse velho conhecido do FC Porto, vinha para fazer história, mas a nossa vontade de seguir rumo ao Jamor foi mais forte que qualquer dado histórico. O FC Porto não marcou apenas muito, jogou muito. Sem equipa “titular”, os Dragões esmagaram o adversário. Muitos dirão que era presumível que assim fosse, eu sou mais cautelosa com esse tipo de conclusões. Muitas surpresas acontecem nestes jogos, entre equipas de escalões diferentes.

Aos 5’m a baliza do Atlético tremeu com o remate de Martínez, que aproveitou o bom trabalho de Varela. O extremo viria a ser um destaque em toda a partida. Havia mais FC Porto, mais domínio, o que era natural dadas as devidas diferenças entre as equipas. Atlético mostrava a sua ansiedade e os Azuis a sua superioridade, num jogo que encarámos com seriedade, pois como havia dito Paulo Fonseca “não queremos ser uma das surpresas que costumam acontecer nesta competição”. E tem toda a razão. A equipa de Lisboa ainda tentou fechar-se e até surpreender-nos por Fábio Marinheiro com um longo remate e aos 16’m quando Fabiano aliviou mal a bola. Mas Jackson teimava em assustar cada vez mais a baliza de Filipe Leão. Este foi mesmo obrigado a uma boa defesa quando, aos 21’m, o colombiano assistido por Lucho alveja a sua baliza. Kelvin falha a recarga.
À beira dos 24’m, excelente rotação de Silvestre Varela! Domina e remata para o 1º GOLO! Não estando a defesa lisboeta isenta de culpas, é um grande trabalho do extremo português.
Também Josué, hoje na sua verdadeira posição, aproveitava o seu potente remate sempre que se achava em posição.
Com 32’m de jogo o anfitrião detinha 79% da posse de bola.


Minuto 37 e GOLO de Defour! O belga aumenta a vantagem, após um pequeno baile de Kelvin, só teve de desviar para o fundo das redes de Leão.
FC Porto insistia, controlava, trocava a bola. Kelvin falhou alguns passes nesta 1ª parte, recuperando confiança após a sua boa assistência que deu o golo a Steven Defour.

A 2ª parte traz Danilo a jogo para a saída de Alex Sandro. Mudança de laterais para gerir fisicamente os jogadores.
Ainda antes dos 47’m surge o 3º GOLO (autogolo). Marinheiro na própria baliza. Explique-se sucintamente que haveria grandes probabilidades de ser golo na mesma, marcado por um jogador Azul e Branco. Varela cruza muito bem, Martínez e Kelvin estavam na disputa, dentro da área, em posição para aumentar a vantagem, mas foi o defesa do Atlético que empurrou a bola para dentro da própria baliza.

Aos 59’m sai o capitão Lucho, entra Herrera. Varela assume a braçadeira.
Aos 64’m Reyes isola Kelvin a quem o remate cruzado sai mal.
Ghilas rende Cha Cha Cha aos 68’m. O argelino assim que toca na bola pela primeira vez remata forte de cabeça, mas a bola sai por cima.  
72’m surge o 4º GOLO! Varela, Varela, Varela! Confusão na área, a defesa do Atlético vacila, e o internacional português não perde a oportunidade de bisar na partida. Reyes esteve ele mesmo perto de poder marcar o golo. Esteve bem o mexicano. Nem houve tempo para festejos e já se gritava novamente GOLO! Otamendi aos 74’m. O livre muito bem marcado por Josué tinha o caminho já traçado, mas o argentino quis certificar-se e desviou ligeiramente para o fundo da baliza dos lisboetas.
Aos 85’m Ghilas poderia ter feito o seu tento, após cruzamento de Danilo. Não foi Ghilas a fechar a meia dúzia, foi Kelvin! 6º GOLO aos 89’m! Boa simulação, o brasileiro desequilibra e faz o gosto ao pé.



Fechada a contagem no marcador. Vitória bem gorda dos Dragões, que fizeram por isso. A equipa jogou muito bem.




O Meu Homem Do Jogo: Silvestre Varela


Destaques
Varela, nada a provar, um extremo de grande qualidade.
Ricardo, jogou numa posição adaptada e saiu-se muito bem.
Reyes, regista boa evolução.
Defour, pela sua intensa alegria aquando da marcação do seu golo.
Ghilas, o argelino quer tanto o golo que é impossível os adeptos não sentirem essa vontade.

Opinião

Um FC Porto inovador mais uma vez. Situação habitual nos jogos das taças.
A equipa de Lisboa não conseguia disfarçar o enorme nervosismo no sector defensivo. Se para os rivais da Primeira Liga o Estádio do Dragão é o “inferno azul”, para as equipas de escalões inferiores não se pode imaginar como será.
O Atlético aguentou mais de 20 minutos o ímpeto rematador dos Tricampeões. Apesar da realidade diferente dos plantéis, a equipa de Lisboa queria repetir o feito de 2007.
Sou uma apreciadora da posição dos defesas centrais e dos extremos. Reyes integrou-se bem, é um jovem jogador ainda em crescimento, mas que foi muito regular. Que dizer de Varela? Um extremo imprescindível. Trabalha em campo como poucos. Sublinho que o facto de Varela ter jogado os 90’m em alto rendimento, provocou um desgaste considerável no jogador que mesmo a ganhar por largas vantagens nunca desiste do jogo. Não escondo a grande admiração que tenho por Silvestre Varela. Gostava que os adeptos do FC Porto o prestigiassem como ele merece.

Foi um grande jogo, como se espera de uma equipa do gabarito do Futebol Clube do Porto.


Sorteio da próxima fase será dia 9 de Janeiro, às 12h30.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Novo Ano? New Year?

Porquê esperar por um novo ano para fazer tudo aquilo que temos vontade de fazer o ano todo? Mudar.

Esperar um ano inteiro por uma noite, para prometermos a nós próprios coisas que sabemos a priori que não vamos cumprir?
Somos responsáveis por tudo aquilo que não queremos enfrentar, com medo. Esse terrível inimigo presente em todos nós. E é tão difícil erradicá-lo. Passam-se vidas inteiras e nunca o conseguimos vencer. Na maioria das vezes porque nunca tentamos. Mas tentar sem medo.

A nossa vida é a nossa empresa. Há que saber geri-la de forma a ter sucesso em todas as áreas. Quando isso não acontece, sentimo-nos frustrados, desesperados, inúteis até. Lá vem o pensamento: “se não consigo gerir a minha própria vida, nunca vou conseguir fazer nada de jeito.” E, por vezes, é mesmo verdade. Mas se o é, é por medo. Medo de mudar. Algo que me deixa deveras intrigada: as pessoas têm medo de mudar porque a mudança (algo novo) assusta imenso, mas não têm medo de ser infelizes a vida inteira? É confortável ser infeliz? Mas que confusão é o ser humano. Porquê complicar tudo?

Enquanto estivermos vivos é sempre um bom dia para recomeçar. Não vos parece um risco demasiado elevado esperar um ano todo para dizer que se quer mudar? E nunca passa disso. Palavras, palavras, palavras. Falsas promessas regadas com champanhe, alegria, amigos, familiares, saem-nos da boca como se realmente tivéssemos coragem de as cumprir. Típico.
O dia 01/01 traz-nos um sentimento de organização, orientação. Parece sempre um bom ponto de partida. E é de facto. Mas nós ficamos sempre na partida, nunca arrancamos, por isso, ao final do dia 02/01 já não nos lembramos das metas nem das promessas. O velho mood já está a tomar conta de nós. Regressam as rotinas, os velhos hábitos.
Quando só precisamos de ter coragem para assumirmos as mudanças que queremos fazer na nossa vida, porque motivo complicam tanto as coisas? Muitos estarão a pensar que falar é fácil. Claro que é. É o que o ser humano melhor sabe fazer: falar. Mas mudar não é falar. Mudar é ter coragem. E no que a isso diz respeito, ter coragem é fácil. Está dentro de todos nós. É uma força moral (amoral nalguns casos). Todos a temos. Não a usarmos já depende de cada um.

Hoje em dia as pessoas são de “fora para dentro”. Gosto muito desta expressão. Esclarece-me muito sobre o ser humano. Seriam todos tão mais tranquilos e felizes se experimentassem o contrário: ser “de dentro para fora”.
Ser feliz não é uma determinação de fim de ano. É uma atitude a cada dia que passa. Sabiam que 98% da população mundial passa 98% do tempo a fazer coisas insignificantes para si mesmo? Sad, but true.
Atenção a algo que é fundamental não esquecer: o maior perigo de todos é o desperdício de tempo. Tempo é sinónimo de Vida.

Não precisamos de fazer promessas: nem a nós, nem aos outros. Precisamos de coragem para ser e fazer o que queremos. Lembrem-se. Não façam promessas, tenham antes coragem.


Convido-vos a partilhar algumas das típicas promessas de fim de ano. Cumpriram-nas? E partilhemos então os motivos que nos levam a não cumpri-las. 

Below, the english version of the text


Why wait for a brand new year to do everything we feel like doing the entire year? Change.

To wait a whole year for one night, to promise ourselves things that we know in advance we will not accomplish?
We are responsible for everything we don’t want to face, based on fear.
That terrible enemy lying within all of us. And it is so difficult to eradicate it. Lives are spent and we are never able to beat it. Most of the times because we never try to. But trying without fear.
Our life is our “company”. We must know how to run it in order to succeed in all fields. When that doesn’t happen, we feel frustrated, desperate, useless even. Then comes the thought: “if I can’t run my own life, I’ll never be able to do anything good”. And, sometimes, it’s really true. But if so, it’s because of fear. Fear of change. Something that really intrigues me: people are afraid to change because change (something new) scares a lot, but they are not afraid of being unhappy for the rest of their lives? Is it comfortable to be unhappy? What a mess human beings are. Why complicate everything?

While we are alive it’s always a good day to restart. Don’t you think it’s too much risky to wait a whole year to say you have to change? And it never becomes more than that. Words, words, words. False promises sprinkled with champagne, joy, friends, family, come out of our mouths as if we really had the courage to keep them. Typical.
January 1st brings us a feeling of organization, orientation. It always seems a good starting point. And it is, indeed. But we always stuck at the starting point, we never “take-off”, so by the end of January 2nd we don’t remember the goals nor the promises. The old mood invades us. Old routines, old habits come back again.
When we only need to have the courage to assume the changes we want to make in our lives, why is that people complicate things so much? Many will be thinking that it’s easy to talk about it. Of course it is. It’s the best human beings can do: talk about things. But changing is not the same as talking about it. Change requires courage. And, as far as that is concerned, to be courageous it’s easy. It’s inside all of us. It’s a moral strength (amoral in some cases). All of us have it. Not using it depends on each of us.

Nowadays people live from the outside to the inside. I really like this expression. It clarifies me a lot about the human being. Everyone would be much more calm and happy if they tried the opposite: to exist from the inside to the outside.
To be happy is not a New Year’s Eve resolution. It’s an attitude each single day that goes by. Did you know that 98% of the world’s population spends 98% of the time doing meaningless things to themselves? Sad, but true.
Attention to something which is fundamental not to forget: the greatest danger of all is the waist of time. Time means Life.

We don’t need to make promises: to ourselves or anyone else. We need courage to be and to do whatever we want. Remember. Don’t make promises, have courage instead.

I invite you to share some of the typical promises we make on New Year’s Eve. Did you keep them? Let us then share the reasons why we didn’t do so.


(translated by Aida Batalha Twitter @Aida_Batalha)