Todos
os dias a mesma história. Repetida nos velhos e (re) correntes hábitos
mecanizados.
Muitos
sonhos… Menos se afiguram ser as possibilidades de os concretizar.
Quem
nunca deu por si, a meio de mais um dia
igual a tantos outros, a voar para longe,
para outras vidas?
Imaginamos
as vidas de quem, por uma razão ou outra, admiramos e dizemos em surdina a nós
próprios “Também quero uma assim”. Deveria haver uma loja de vidas. Hoje em dia
já se vende de tudo, mesmo. Só teríamos de escolher: simplicidade, glamour,
aventura, felicidade, amor. Bastaria escolher os “ingredientes”. Imaginam as
possibilidades? Infinitas, por certo. E que fácil seria comprar uma nova de
cada vez que algo nos dececionasse. Ou então trocar apenas os ingredientes.
Entretanto,
o telefone toca, alguém chama e cá estamos nós, de volta ao mundo real, à vida
para a qual olhamos, muitas vezes de lado, dirigindo-lhe palavras resmungonas
porque não era assim que a queríamos, não foi assim que a pintámos.
Que
fazer então? Continuar a sonhar com a vida que gostaríamos de ter ou procurar
chegar o mas próximo possível da vida com que sempre sonhámos? A resposta não é
fácil. Dá trabalho, muito trabalho. E ter trabalho, dá trabalho. E assim vamos
deixando correr os dias.
Por
outro lado, a vontade de mudar abre a
porta ao medo. Este medo, que deveria ser uma espécie de força motriz, é, não
raras vezes, o travão. Imobiliza-nos, impede-nos de andar para a frente. Ah, e
como nos apetece partir o travão que nos prende os movimentos. E, no entretanto, ficamos ali, em “ponto morto”, à espera, nem sabemos bem de quê…
E
é isto. Assim gastamos a vida, num aglomerado de dias iguais que nos sustentam
a existência. Sabemos que temos de evitar esta “morte” antecipada. Sim,
sabemos. E a coragem? Coragem para nos deixarmos levar pela vida? Pois, é aqui
que as palavras encravam e os pensamentos param.
Lá
no fundo sabemos que é preciso aguentar, da melhor forma possível, as travagens
e os obstáculos que nos surgem pelo caminho. E que nos devemos preparar, de
modo a que não nos impeçam de continuar a sonhar e, principalmente, de viver.
Certo?...
Texto Escrito por Ariel B. L.
Muitos Parabéns à autora. Desconheço-a, mas é um retrato do que somos, daquilo em que nos tornámos. Uma realidade que está nas nossas mãos mudar. Que grande texto!
ResponderEliminarOutros tempos, tempos actuais e tempos futuros! O ser humano é assim mesmo e espelha-se completamente nessas linhas! Parabéns à autora e parabéns pela partilha!
ResponderEliminargrande lição!
ResponderEliminarQue bela lição de vida, intemporal. Mais uma grande autora. Este blog é muito além de futebol. Parabéns!
ResponderEliminarsem palavras!!!! LINDO que grande verdade, estamos exaustos das vidas que temos, TODOS os dias!
ResponderEliminaruma enorme verdade!! parabéns!!
ResponderEliminaro medo: terrivel inimigo de todos :(
ResponderEliminarbem, mas que texto! sem uma unica mentira! estou estarrecido! muitos parabéns a esta autora também.
ResponderEliminarTouching, really :) Gostei bastante e revejo-me em tudo o que foi escrito. Grande artigo. A vida é preciosa, aproveitem a vossa.
ResponderEliminara maior verdade que ouvi nos últimos tempos, grande escrito!
ResponderEliminarPARABENS! grande publicação, queremos o que não temos, estamos bem onde não estamos! verdade!
ResponderEliminarCouldn't agree more!! Da primeira à última palavra! Totalmente verdade!
ResponderEliminarDescobri este texto no Google+. É facto uma história incontornável. O ser humano aborrece-se com relativa facilidade do que tem ou consegue. Parabéns, não sou portista, como me consta ser a autora do blog, mas é de uma grande abertura todos os textos que aqui se encontram, elevada qualidade. Muitos parabéns à escritora do artigo.
ResponderEliminarA sua forma de pensar e escrever é realista e necessária, pois a vida passa por nós e nem sabemos o que queremos dela e nem o que fazer com ela. Somos marionetas.
ResponderEliminarParabens pelo texto
fez a descrição da maior parte das vidas que conheço, da minha inclusivé
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