É
com todo o prazer que volto novamente a este espaço, dando desta vez a minha
opinião sobre a época da equipa de
Hóquei em Patins do FC Porto. Agradeço o convite que me foi feito na pessoa
da Juliana, uma enorme Portista.
Tal
como o título sugere, foi assim mesmo a época da equipa de Hóquei do FC Porto. Depois da vitória na Supertaça, frente à Oliveirense, a equipa de Tó Neves acabou por deixar fugir as restantes três
competições.
Foi
um arranque bastante prometedor, só com vitórias. O primeiro “balde de água
fria” apareceu em Cambra, contra o último classificado que FC Porto averbou a primeira derrota no Campeonato. Este foi um dos
primeiros sinais de instabilidade e de bipolaridade demonstrados pela equipa.
Na
Liga Europeia, depois de o Barcelona ter saído vergado do Dragão por uns expressivos 6-2, os Azuis e Brancos acabariam por não conseguir
manter o mesmo nível exibicional por muito mais tempo. Goleada na Luz, empate em casa com o Valongo, goleada em Barcelona, que
nos fez perder o primeiro lugar do grupo na Liga Europeia, e empate em Barcelos marcaram um
período muito negativo para a nossa equipa, também prejudicada pela prolongada lesão de Reinaldo Ventura.
Passados
estes tormentos, notaram-se melhorias e a equipa acabou por assumir a liderança isolada do Campeonato;
continuava na Taça, depois de ter
eliminado o Valongo em casa, mas via-se a braços com uma difícil eliminatória
frente ao Liceo da Corunha. Depois de no Caixa termos perdido 1-2, conseguimos uma reviravolta fantástica na
Galiza: uma vitória por 3-4 que levou a disputa para as grandes
penalidades, onde acabámos por ser mais competentes.
A Liderança da Liga, Final
Four da Liga Europeia e oitavos da Taça de Portugal estavam assegurados.
Tudo parecia correr às mil maravilhas à equipa de Tó Neves. No entanto, a inconstância regressou.
Nos oitavos-de-Final da
Taça de Portugal arrancamos uma vitória a ferros,
conseguida já no golo de ouro,
diante da equipa do Valença, que militava na 3ª Divisão. Apesar de termos
passado esse susto, o aviso estava dado. Na Final Four da Liga Europeia, vencemos na meia-final o Vendrell e marcámos presença na Final, contra o
anfitrião Barcelona. Os erros infantis cometidos foram fatais. No fim, 3-1 para os catalães e o sonho de
voltar a conquistar a Liga Europeia adiado mais um ano.
Restava o Campeonato e a
Taça de Portugal. Tudo parecia bem encaminhado até à derrota no pavilhão do Sporting. Mais
uma vez, a bipolaridade da equipa vinha ao de cima. Essa derrota deixou-nos sem margem de erro até ao fim. Ganhámos
em Oliveira de Azeméis, derrotámos em casa o Benfica e fomos ganhar aos Açores,
à Candelária. Éramos líderes da prova
com mais 3 pontos do que o Valongo. Tudo ficava adiado para o último jogo, um Valongo-Porto, que prometia ser
escaldante. Mas o que antecedeu esta decisão do Campeonato não pode ser branqueado.
A
FPP permitiu que os jogos não se realizassem no mesmo dia, à mesma hora.
Candelária-FC Porto foi num Sábado e o Benfica-Valongo foi numa Segunda-Feira.
Sabendo do resultado do jogo do FC Porto, que fez com que o resultado do seu
jogo em nada influenciasse as contas, o Valongo decidiu poupar os seus melhores
atletas para a última jornada. Caso os jogos tivessem sido ao mesmo tempo, nada
disso se passava. Mais estranho ainda, foi o facto de o senhor Miguel Guilherme, ter sido nomeado para apitar as duas partidas,
da mesma jornada!!!!! Sim leram bem, um
árbitro foi nomeado para apitar dois jogos da mesma jornada. Por
coincidência, claro essa coisa tão agradável e que serve sempre de justificação
para todo o tipo de malabarices, o juíz é de Lisboa e tem um leque de prejuízos ao FC Porto e de
benefícios ao Benfica bastante alargado. Última jornada, Pavilhão de Valongo
pelas costuras, as duas melhores equipas do Campeonato a discutir o título e novamente o senhor Miguel Guilherme no
apito. O Valongo acabou por vencer e venceu bem. Foi melhor, mais eficaz,
mais aguerrido e conseguiu fazer história perante os seus adeptos. O FC Porto terminou o Campeonato em
terceiro, apesar de as três equipas terem terminado com os mesmos pontos.
No
meio da decisão do Campeonato, o FC
Porto derrotou em casa o HC Braga, em jogo dos quartos-de-final da Taça de Portugal, carimbando assim a passagem à Final Four da prova, que se
realizaria em Turquel. Na meia-final, o FC Porto defrontou o Alenquer, equipa
da segunda divisão e, curiosamente, em 3 jogos consecutivos, pela primeira vez
o senhor Miguel Guilherme não fazia parte da equipa de arbitragem. Vencemos
tranquilamente por 7-3 e asseguramos a presença
na Final, contra o Benfica, que derrotou o Cambra por 6-4.
E
pronto caros leitores, mais um jogo decisivo, mais um título em disputa e novamente o senhor Miguel Guilherme no
apito. E desta vez, ele fez das suas. Depois de nos adiantarmos por 2-0,
ele e o seu colega Paulo Rainha (mas
principalmente ele), decidiram inclinar o campo totalmente a favor da equipa
adversária. Penalties para todos os gostos, azuis “À Lá Garder”, faltas por
supostas simulações só para um lado e, obviamente, o resultado a mudar. Os jogadores do FC Porto acabaram por perder a
cabeça (quem não a perderia perante tamanho saque?) e o adversário acabou
por conseguir avolumar o resultado para números completamente enganadores: 8-3
foi o resultado final. De registar que o FC
Porto marcou tantos golos, como cartões vermelhos averbados. Uma vergonha e um escândalo que
terminaria com uma temporada completamente negativa, onde a expectativa era
elevada, depois de a época passada ter sido muito bem conseguida e de a equipa
ter sido mantida a 100%, o que viria a revelar-se uma enorme desilusão.
Há
que levantar a cabeça, fazer os ajustamentos que devem ser feitos, sempre com consciência e sentido de responsabilidade.
Uma coisa é certa: ao contrário de outros, não iremos ameaçar abandonar a
Modalidade, de forma a criar uma pressão exacerbada sobre a arbitragem e os
orgãos de decisão. Os Dragões não se
rendem e na próxima época voltarão em força para novas conquistas!
Texto escrito por Pedro Ferreira
(É sempre um prazer ter a tua colaboração. Obrigado
Pedro.)
Foi uma época que prometia muito mais, de facto, e as possíveis mexidas e remexidas... não sei não..
ResponderEliminarReinaldo é o nosso rei!
ResponderEliminargostei bastante, sou fã das nossas modalidades e é sempre um achado quando alguém se lembra de escrever sobre elas, parabéns!
ResponderEliminarlamentavel o FCP perder a final com o FCBarcelona
ResponderEliminarestão como a equipa de futebol...
ResponderEliminarNo ano passado perderam a final europeia de hóquei em casa... este ano estiveram sempre no quase! Têm ordenados em atraso, problemas, etc, ok, entendo, alguma coisa terá de mudar então
ResponderEliminarconcordo!! os srs. do apito tiveram a sua quota parte!! Não é lamentar é apurar a verdade! Alguém com visão muito bom texto
ResponderEliminarSe tivEssemos mais apoios
ResponderEliminargrande ponto de vista!! excelente artigo, parabéns pela iniciativa Juliana e Pedro :) membros do +FCPORTO :)
ResponderEliminarADORO ESTE BLOGUE!
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