terça-feira, 22 de outubro de 2013

Inferioridade numérica dita superioridade em qualidade

Champions League – FC Porto 0 x 1 Zenit

No arrancar de uma partida que tudo tinha para ser grandiosa e bem disputada, Herrera é expulso aos 5’m de jogo. Trava Hulk, quando era mesmo obrigatório, num ato de pura necessidade. Na sequência do mesmo lance vê o 2º amarelo, por ter saído da barreira (antes do livre ser cobrado). O que se auspiciava um jogo emocionante, com o regresso de Hulk ao Dragão, jogador muito querido pela Nação Azul e Branca, tornou-se num pesadelo.

Mas, surpreendentemente, a equipa Tricampeã Nacional superou-se, agilizou-se física e mentalmente. Herrera foi uma perda enorme no meio-campo portista. Mas, repito, a equipa mostrou-se capaz, uniu-se num espírito invejável de coragem, determinada a ultrapassar a expulsão do companheiro.
Hulk criava pânico na área Portista, é certo, mas Helton foi “enorme”. Susteve os remates do saudoso Hulk, já que era este o responsável máximo pelo arranque do ataque dos russos.

Josué, Lucho e o seu poderoso remate, Licá, em esforço, tentavam atingir a baliza russa. El Comandante pressionava nas jogadas de ataque. O argentino foi buscar forças onde nem sabia que elas existiam.

Alex Sandro a evidenciar-se pela positiva nesta 1ª parte. Mas o Porto tinha agora muitos espaços abertos permitindo assim a entrada dos russos na nossa área que tentavam, embora sem sucesso, bater Helton.

A equipa reagia bem, mesmo a jogar com 10. Um espírito de solidariedade invadiu os Dragões que se desdobraram em 20!

Fernando e Lucho, com a sua experiência, demonstravam perante os russos a superioridade técnica que os caracteriza. Apresentaram o seu grande nível de futebol. Que nesta altura era bem necessário. Diga-se até que o FC Porto estava por cima na partida. O “polvo” fazia jus à sua alcunha. Estava em todas as jogadas defensivas e ofensivas.

Licá foi o responsável pelos remates no final da 1ª parte e início da 2ª. Lucho e Jackson Martínez também cercavam a baliza de Yuri Lodigin.

Silvestre Varela rende o outro extremo, Licá.

Aos 56’m surge o grande Varela, a desequilibrar, com toda a sua irrevogável experiência, passa por 3 adversários, remata cruzado, mas Martínez não chega a tempo de completar o lance finalizador.

O erro hediondo de Otamendi deixa Hulk sozinho com HeltonOtamendi em maus lençóis - Alejandro Sabella estava na bancada. O guardião consegue levar a melhor usando o pé esquerdo para uma defesa inimaginável, impedindo claramente o 1º golo do Zenit. Aliás, Helton viria a ser crucial contra os portentosos remates do ex-colega Hulk. O sentinela Azul e Branco esteve em grande.

Otamendi acusava a pressão do erro colossal cometido que quase deu golo a Hulk aos 56’m.

Aos 80’m surge um rasgo de esperança; Alex Sandro serve Varela, que dispara um grande remate à trave. Dragões estavam com azar. 8’m depois foi Ghilas; este cabeceia forte e logo depois Martínez tenta a sua sorte, mas a bola é desviada para canto.

Aos 86'm, gelo vindo da Rússia - Alexander Kerjakov marca o 0-1.

Com o fim do jogo no horizonte, o FC Porto carregava e pressionava, sufocando a defesa russa, que conseguiu segurar a vantagem mínima.

Dragões tristes, mas lutadores. Mereciam outro resultado.


Destaques

Boas assistências de Alex Sandro dentro do que foi possível realizar, a jogar com 10, destaque positivo para o internacional brasileiro;

Jackson Martínez, cada vez mais apagado, jogando nas linhas, que em nada o favoreceu;

Mangala, foi um senhor;

Otamendi, continua marcado pelos seus erros “do outro mundo”;

Lucho, mostrou-se com “20 anos” grande parte do jogo; no final era notório que se arrastava, prova disso são as faltas absurdas (que acabaram por puni-lo - apesar da falta que lhe valeu a cartolina amarela ser necessária);

Fernando, perfeito. Cada lance, cada disputa, um jogador sem defeitos a apontar.


O Meu Homem Do Jogo: Fernando

Opinião

O FC Porto puxou pela “Alma de Dragão” para fazer face à expulsão de Herrera, crucial peça para o meio-campo, visto que é esta a fortaleza do Dragão – o seu meio-campo. A expulsão de um jogador com as capacidades de Herrera foi realmente o pior que podia ter acontecido ao FC Porto.

Mas os jogadores Portistas demonstraram em campo uma garra e uma vontade de vencer nunca antes vistas esta época. Não restam dúvidas que  foi usado todo o esforço físico e mental para colmatar a ausência do nosso mexicano.
Força Herrera. Força. Nunca desistir.
Foi uma boa exibição da equipa de Paulo Fonseca.
Com 10 jogadores apenas fizemos vir ao de cima o espírito guerreiro que nos distingue.


Força Porto. Nada está perdido. NADA!

6 comentários:

  1. boa cronica, boa mensagem de força! grande portista!

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  2. raça de DRAGONA! obrigado pelas tuas palavras !

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  3. Na melhor exibição da época, apenas com 10 jogadores, a derrota foi muito injusta!

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  4. Gosto muito de ler o q escreves! Estás mesmo no ponto e deixas passar a mensagem do que é ser Porto Ultra, nunca desistir nem atirar a tolha ao chão. Gosto muito mesmo. Parabéns.

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  5. grande crónica! de força e raça tripeira!

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