Portugal 3 x 0 Luxemburgo

Luxemburgo sem ambição… Portugal em manutenção

Queríamos mais como “tugas”. Queríamos atitude. Soberania. Domínio. Não queríamos ter ficado a jogar contra 10 e assim ouvirmos dizer que “batemos em ceguinhos”. Não bastava já o Luxemburgo ser uma das seleções mais fracas da Europa, estava também reduzida a 10 jogadores…

O 2º lugar parecia ser o máximo que poderíamos alcançar.

E assim foi…

Como Portista que sou, Josué e Varela foram uma boa surpresa no onze inicial (e comprovaram-no com uma boa exibição). Note-se que Josué fez a sua estreia a titular pelas Quinas. Rui Patrício acarinhado pelo público… A mim não me fez esquecer o colossal erro que ditou o empate frente a Israel, no seu próprio estádio. Ruizinho, lamento!

8’m de jogo e o guarda-redes Joubert já tinha tido muito trabalhinho. Postiga. Nani. Postiga. Moutinho também investia contra a baliza do luxemburguês Jonathan Joubert.

O médio Josué estava em bom destaque. Já o seu camarada Luís Neto somava disparates.

Portugal tinha posse de bola e assim se previa a consolidação da ida ao playoff, à semelhança do que aconteceu nas últimas duas competições.

Aos 23’m assistia-se às investidas “tugas”, passividade do Luxemburgo e um jogo mal jogado, sem eficácia, salvo raros momentos de inspiração (muito, mas mesmo muito poucos). A equipa portuguesa não conseguia esconder o facto de saber que estava a jogar para um playoff e não para garantir o seu apuramento para o Mundial 2014.

Aos 28’m o avançado Aurélien Joachim comete uma falta muito dura sobre André Almeida e vê o vermelho direto. São aquele tipo de faltas que podem lesionar um jogador e a decisão foi acertada.

Pouco tempo depois da expulsão, a seleção que já era fraca fica ainda mais fragilizada e Portugal iria, daí em diante, aproveitar-se disso. Aos 30’m Varela inaugura o marcador, num lance da autoria de João Moutinho que observa a desmarcação do colega. O avançado driblou Joubert e não perdoou.

Agora, mais do que nunca, os adeptos portugueses estavam entusiasmados e puxavam pela equipa (algo resignada) e queriam mais golos.

Ninguém diria que era a 1ª vez que Josué jogava a titular pela seleção de Portugal. Boa exibição, bons passes, lutou sempre pela bola. André Almeida, outra boa surpresa. Subia bem nos flancos, impulsionava a equipa, desempenho impecável.

36’m e aparece o 2º golo português. Nani marca um golaço, que tem origem em mais um delicioso lance de Moutinho! Um passe de calcanhar excelente.

Chris Philipps e a sua entrada dura sobre Nani mereciam um vermelho, ficámos pelo amarelo. Josué bate o livre (e um belo livre), Joubert defende e Ricardo Costa e Varela na recarga não atingiram o alvo.

Ainda se jogavam os primeiros minutos da 2ª parte e Postiga, Nani, Varela cercavam a baliza do Luxemburgo. Varela abria bem o jogo, mas a equipa parecia frouxa.

Aos 78’m, Hélder Postiga fecha a contagem com a ajuda de Josué e, mais uma vez, João Moutinho. Apesar do golo, dois pontas-de-lança não surtiram o efeito desejado. Hugo Almeida falhou escandalosamente mais do que uma vez.

O público pedia mais golos e merecia-os. Mas eles não apareceram.

Portugal dominou mais nas finalizações, se compararmos com o adversário. Mas nem isso podemos fazer. A seleção do Luxemburgo pouco conseguiu atacar.

Fim do jogo.

Honestamente…

Boas combinações entre Moutinho e Varela, demonstrando o imenso “estudo em conjunto” que tiveram no passado.

Luís Neto é qualquer coisa de NÃO para a seleção. Steven Vitória pode e deve ocupar o seu lugar.

Coentrão já conheceu melhores dias e o seu substituto, Antunes, nem sabe o que são bons dias.

As decisões de Paulo Bento continuam a deixar os cabelos em pé. O habitual.

O bom futebol que conhecemos um dia de Nani é hoje um futebol presunçoso.

Motivação, coesão? Desaparecidas.

Equipamento “tuga” horrível e bem desanimador só de olhar!

Equipa de arbitragem bem estranha e alérgica à lei da vantagem.