sábado, 19 de outubro de 2013

Um dos sonhos… Jamor… Onze Inovador, Onze Vencedor



FC Porto 1 x 0 Trofense - 3ª Eliminatória da Taça de Portugal


Permitam-me o desabafo… BEM-VINDO (de volta) Maicon! Que saudades, que saudades deste “centralão”!

Paulo Fonseca deu azo à imaginação, oportunidades a novos jogadores e manipulou posições, num teste que trouxe à vista novos talentos com os quais pode contar cada vez mais.

Víctor García, 19 anos, estreia-se a titular pela equipa principal.

Logo nos primeiros minutos da partida (como já é hábito mesmo quando joga a equipa principal), o FC Porto pressionava alto, encostava o Trofense no seu meio-campo e tentava de todas as formas chegar ao golo.

Aos 9’m, Ghilas já criava perigo, numa busca incessante por mostrar serviço.

Varela saía bem na esquerda a cruzar, tentava servir Ghilas que, aos 17’m (desta feita com intervenção de Ricardo), tem uma ótima oportunidade de marcar, mas  Luiz Alberto corta no momento “certo”. Aliás, o brasileiro foi crucial noutros momentos perigosos  ao longo da partida.

Quintero, Ricardo, Danilo, invadiam a área trofense e, por diversas vezes, tentaram surpreender Conrado.

Nesta fase do jogo notava-se alguma dificuldade de Diego Reyes nos duelos com Jhoan Viafara, mas o mexicano viria a melhorar visivelmente a sua exibição, aliviando bem a defesa e aparecendo mais à frente no terreno de jogo algumas vezes. 

Passados 20’m do início da partida, Fernando empurrava a equipa para a frente, na tentativa de lançar os colegas para o ataque, visto que a equipa da Trofa assumia a famosa estratégia de jogo “autocarro à frente da baliza”. Não sendo um antijogo era definitivamente uma equipa muito recuada, não tentava atacar e tinha os blocos muito baixos.

O FC Porto sempre em superioridade chega ao golo aos 24’m. Cruza Quintero, Carlos Eduardo serve Varela que faz o golo, num remate muito bem colocado.

Ghilas, Quintero e Ricardo continuavam a tentar acertar no alvo e aumentar a vantagem.

Aos 37’m, Conrado a fazer “mancha”, executa uma grande defesa, impedindo Ricardo de causar estragos.

De referir que Ricardo, apesar da boa exibição, perdia algumas bolas para os adversários, mas nunca se vergava a tentar recuperá-las. O jovem português mostra uma larga margem para evoluir enquanto jogador de ataque.

Começa a 2ª parte e Danilo é rendido por Alex Sandro. Regime de poupança entre os titulares habituais da equipa principal (jogo com o Zenit no horizonte).

Primeiro Varela, depois Quintero e depois Ghilas, todos tentavam contornar o “autocarro” defensivo do Trofense, sem sucesso.

Aos 55’m, o FC Porto dominava o jogo, controlava a bola como bem queria, mas perdia-se intensidade.

Aos 61’m, Varela é substituído por Kelvin e aos 68’m é a vez de Quintero dar a vez a Defour. Carlos Eduardo podia agora ficar mais próximo dos colegas do ataque.

O jogo decorria calmo, calminho, quando, aos 73’m, uma falta sobre Kelvin deu azo a alguma agitação entre os jogadores. Fernando e Maicon não gostam do lance sobre o camisola 28 do FC Porto. Maicon leva amarelo e Fernando, já se sabe, é pouco tolerante a pedidos de desculpas desportivas, especialmente quando são repetidas.

Na marcação do livre sai bomba de Maicon, desviada para canto. Carlos Eduardo cobra e Reyes aparece a cabecear; a bola passa perto da baliza de Conrado.

Fernando foi o “patrão” do jogo na 2ª parte e aos 90+2’m rasga a defesa trofense sozinho e apenas com o guarda-redes pela frente permite a defesa de uma jogada incrível.

90+3’m de jogo, 48 ataques Azuis e Brancos e um 1 golo apenas deixaram os adeptos Portistas irritados e mais umas assobiadelas foram ouvidas em todo o estádio.


Destaques:


  • Tiago, 38 anos, jogador do Trofense, experiência a ditar bom desempenho para um jogador da sua idade;

  • Carlos Eduardo, progressão notória, deu jogo a toda a gente;

  • Fernando, como sempre, limpou, rasgou;

  • Varela, em boa fase, sempre a tentar criar desequilíbrios;

  • Danilo, defesa esquerdo? Não me parece, mas aguentou-se bem;

  • Reyes e Ricardo, nota positiva;

  • Fabiano, apesar de não ter tido trabalho, manteve o nosso reduto intocável.

 
O Meu Homem Do Jogo: Carlos Eduardo



Opinião

Bom teste para alguns jogadores. Teste esse bem pensado por Paulo Fonseca.
Apesar de alguns aspetos negativos a apontar à exibição de Diego Reyes, foi boa a decisão de deixá-lo em campo os 90 minutos, dado que o mexicano tem tido muitas dificuldades de adaptação ao futebol europeu.

Ghilas? É um jogador de muita capacidade física. O seu esforço por marcar exaltava qualquer um que viu o jogo.  No entanto, este tipo de jogo, sem espaço para se poder movimentar, não esteve do seu lado. 

A olhos vistos, estava claro o que o Trofense faria durante toda a partida. O próprio treinador admitiu que era essa a sua “arma” para enfrentar o Dragão: o “autocarro” à frente da baliza. Pessoalmente, assumo que é um jogo enervante, sem interesse para o público, ensombra as qualidades técnicas dos jogadores a nível individual. 

FC Porto superior. Vitória justa. Trofense apresentou um comportamento desportivo demasiado defensivo.

4 comentários:

  1. Melhor crónica de sempre! Análise bem concisa!! Portista de raça!

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  2. es uma granda PORTISTA e isso ve-se bem nas tuas crónicas. PARABENS

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  3. Gostei bastante. Somos Porto e o nosso futebol está superior a qualquer outro em Portugal. O Sporting marca golos, não joga bom futebol. E vamos comprovar isso no domingo. Felicitações pela crónica.

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  4. Muito boa crónica. Excelente análise, mais uma vez!

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