FC
Porto 1 x 0 Trofense - 3ª Eliminatória da Taça de Portugal
Permitam-me o desabafo…
BEM-VINDO (de volta) Maicon! Que saudades, que saudades deste “centralão”!
Paulo Fonseca deu azo à
imaginação, oportunidades a novos jogadores e manipulou posições, num teste que
trouxe à vista novos talentos com os quais pode contar cada vez mais.
Víctor García, 19 anos,
estreia-se a titular pela equipa principal.
Logo nos primeiros minutos
da partida (como já é hábito mesmo quando joga a equipa principal), o FC Porto
pressionava alto, encostava o Trofense no seu meio-campo e tentava de todas as
formas chegar ao golo.
Aos 9’m, Ghilas já criava
perigo, numa busca incessante por mostrar serviço.
Varela saía bem na
esquerda a cruzar, tentava servir Ghilas que, aos 17’m (desta feita com
intervenção de Ricardo), tem uma ótima oportunidade de marcar, mas Luiz Alberto corta no momento “certo”. Aliás,
o brasileiro foi crucial noutros momentos perigosos ao longo da partida.
Quintero, Ricardo, Danilo,
invadiam a área trofense e, por diversas vezes, tentaram surpreender Conrado.
Nesta fase do jogo
notava-se alguma dificuldade de Diego Reyes nos duelos com Jhoan Viafara, mas o
mexicano viria a melhorar visivelmente a sua exibição, aliviando bem a defesa e
aparecendo mais à frente no terreno de jogo algumas vezes.
Passados 20’m do início da
partida, Fernando empurrava a equipa para a frente, na tentativa de lançar os
colegas para o ataque, visto que a equipa da Trofa assumia a famosa estratégia
de jogo “autocarro à frente da baliza”. Não sendo um antijogo era
definitivamente uma equipa muito recuada, não tentava atacar e tinha os blocos
muito baixos.
O FC Porto sempre em
superioridade chega ao golo aos 24’m. Cruza Quintero, Carlos Eduardo serve
Varela que faz o golo, num remate muito bem colocado.
Ghilas, Quintero e Ricardo
continuavam a tentar acertar no alvo e aumentar a vantagem.
Aos 37’m, Conrado a fazer
“mancha”, executa uma grande defesa, impedindo Ricardo de causar estragos.
De referir que Ricardo,
apesar da boa exibição, perdia algumas bolas para os adversários, mas nunca se
vergava a tentar recuperá-las. O jovem português mostra uma larga margem para
evoluir enquanto jogador de ataque.
Começa a 2ª parte e Danilo
é rendido por Alex Sandro. Regime de poupança entre os titulares habituais da
equipa principal (jogo com o Zenit no horizonte).
Primeiro Varela, depois
Quintero e depois Ghilas, todos tentavam contornar o “autocarro” defensivo do Trofense,
sem sucesso.
Aos 55’m, o FC Porto
dominava o jogo, controlava a bola como bem queria, mas perdia-se intensidade.
Aos 61’m, Varela é
substituído por Kelvin e aos 68’m é a vez de Quintero dar a vez a Defour.
Carlos Eduardo podia agora ficar mais próximo dos colegas do ataque.
O jogo decorria calmo,
calminho, quando, aos 73’m, uma falta sobre Kelvin deu azo a alguma agitação
entre os jogadores. Fernando e Maicon não gostam do lance sobre o camisola 28
do FC Porto. Maicon leva amarelo e Fernando, já se sabe, é pouco tolerante a
pedidos de desculpas desportivas, especialmente quando são repetidas.
Na marcação do livre sai
bomba de Maicon, desviada para canto. Carlos Eduardo cobra e Reyes aparece a
cabecear; a bola passa perto da baliza de Conrado.
Fernando foi o “patrão” do
jogo na 2ª parte e aos 90+2’m rasga a defesa trofense sozinho e apenas com o
guarda-redes pela frente permite a defesa de uma jogada incrível.
90+3’m de jogo, 48 ataques
Azuis e Brancos e um 1 golo apenas deixaram os adeptos Portistas irritados e
mais umas assobiadelas foram ouvidas em todo o estádio.
Destaques:
- Tiago, 38 anos, jogador do Trofense, experiência a ditar bom desempenho para um jogador da sua idade;
- Carlos Eduardo, progressão notória, deu jogo a toda a gente;
- Fernando, como sempre, limpou, rasgou;
- Varela, em boa fase, sempre a tentar criar desequilíbrios;
- Danilo, defesa esquerdo? Não me parece, mas aguentou-se bem;
- Reyes e Ricardo, nota positiva;
- Fabiano, apesar de não ter tido trabalho, manteve o nosso reduto intocável.
O
Meu Homem Do Jogo: Carlos Eduardo
Opinião
Bom teste para alguns
jogadores. Teste esse bem pensado por Paulo Fonseca.
Apesar de alguns aspetos
negativos a apontar à exibição de Diego Reyes, foi boa a decisão de deixá-lo em
campo os 90 minutos, dado que o mexicano tem tido muitas dificuldades de
adaptação ao futebol europeu.
Ghilas? É um jogador de
muita capacidade física. O seu esforço por marcar exaltava qualquer um que viu
o jogo. No entanto, este tipo de jogo,
sem espaço para se poder movimentar, não esteve do seu lado.
A olhos vistos, estava
claro o que o Trofense faria durante toda a partida. O próprio treinador
admitiu que era essa a sua “arma” para enfrentar o Dragão: o “autocarro” à
frente da baliza. Pessoalmente, assumo que é um jogo enervante, sem interesse
para o público, ensombra as qualidades técnicas dos jogadores a nível
individual.
Melhor crónica de sempre! Análise bem concisa!! Portista de raça!
ResponderEliminares uma granda PORTISTA e isso ve-se bem nas tuas crónicas. PARABENS
ResponderEliminarGostei bastante. Somos Porto e o nosso futebol está superior a qualquer outro em Portugal. O Sporting marca golos, não joga bom futebol. E vamos comprovar isso no domingo. Felicitações pela crónica.
ResponderEliminarMuito boa crónica. Excelente análise, mais uma vez!
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