Antes de começar o meu
artigo, agradeço o convite que me foi feito para voltar a escrever neste
espaço. Convite que aceitei novamente com todo o gosto e que me honra bastante.
É sempre um prazer, para mim, poder escrever algo sobre o meu Clube.
Hoje vou falar de Andebol,
modalidade em que o FC Porto é Penta Campeão Nacional (proeza nunca vista em
Portugal) e na qual, na presente época, conseguiu o feito inédito de se
qualificar para a Liga dos Campeões.
O Andebol Portista tem
vindo a crescer nestes últimos anos. Depois de quatro anos sem conquistar
qualquer Campeonato (o último havia sido conquistado em 2003-2004), uma equipa
comandada por Carlos Resende, com alguns jogadores que ainda hoje constituem a
nossa equipa (Hugo Laurentino, Ricardo Moreira, Gilberto Duarte, Wilson Davyes
e Tiago Rocha) e com outros de enorme valia como, por exemplo, Eduardo Filipe,
Carlos Martingo e Filipe Mota, conseguiram, numa final à melhor de cinco jogos,
derrotar o Benfica por 3-2, tendo o último jogo sido ganho no Dragão Caixa por
26-23. Estava montada a base do sucesso da nossa secção de Andebol para o
futuro. Na época seguinte Obradovic assumiu o comando técnico da equipa. Um treinador
sérvio, com muita experiência e já com provas dadas em Portugal, veio
revolucionar por completo o Andebol Portista e, de certa forma, o Andebol
praticado em Portugal.
Sempre com grande
exigência para com os seus pupilos, o treinador sérvio fez crescer jogadores,
que à data do primeiro dos 5 campeonatos, eram ainda jovens atletas. É o caso
de Hugo Laurentino, Gilberto Duarte, Wilson Davyes e Tiago Rocha. Jogadores
foram entrando, alguns estrangeiros, como os três cubanos que jogam actualmente
na nossa equipa, Alfredo Quintana, Daymaro Salina e Alexis Hernández, o
dinamarquês Schubert e o espanhol Davi Davis que apenas veio para ajudar na tão
desejada qualificação para a Champions.
Também houve a aposta em portugueses de grande qualidade, como são o Pedro
Spínola, João Ferraz, Miguel Sarmento e Hugo Rosário, atletas do nosso plantel
actual e outros, que por variadas razões, já abandonaram o nosso clube. Exemplo
disso são Inácio Carmo, Ricardo Candeias, Nuno Grilo, Dario Andrade e Álvaro
Rodrigues. Estes optaram pelo maior poderio financeiro do nosso rival de
vermelho. Por outro lado, ficaram a perder nos títulos.
Outro dos resistentes
desde o primeiro campeonato é o nosso capitão Ricardo Moreira. O ponta direita
foi pedra fundamental em todos os títulos conquistados até ao momento e é um
grande poço de experiência numa equipa ainda bastante jovem.
Na presente época
conseguimos o sonho da Champions.
Depois de algumas eliminações muito frustrantes, onde existiu manifesta falta
de sorte, a equipa liderada por Obradovic conseguiu a tão desejada presença
inédita na maior competição europeia de clubes da modalidade. Um prémio justo
para estes grandes atletas, que jogo após jogo, dão tudo em campo, honrando
sempre a camisola que vestem e o símbolo que trazem ao peito. Obviamente o
apuramento para a 2ª fase era quase impossível, no entanto tivemos uma presença
positiva, com 2 vitórias, com o acumular de experiência ao mais alto nível e
com alguns destaques individuais, como é exemplo os prémios de jogadores da
jornada ganhos por Tiago Rocha e por Pedro Spínola.
Infelizmente, as lesões
têm sido um tormento esta temporada, o que fez com que o desempenho no
Campeonato não esteja a ser condizente com o que tem sido hábito nas últimas épocas.
Tiago Rocha está parado pela segunda vez, Salina também já acumula uma longa
paragem, Spínola esteve cerca de 1 mês sem jogar e Schubert também falhou
alguns jogos. No entanto, os Dragões vão entrar na segunda fase a apenas 1
ponto do líder Sporting e, com o plantel na máxima força, têm tudo para renovar
o título nacional e alcançar mais um feito histórico no Andebol Nacional. Se um
Penta já é inédito, um Hexa ainda mais o é. Não esquecer a Taça de Portugal,
pois nunca conseguimos uma dobradinha na nossa história. Porque não fazer
história novamente? Primeira presença na Champions,
primeira vitória na Champions,
primeiro Hexa da história do Andebol português e porque não também a primeira
dobradinha da nossa história?
Esta equipa tem-nos
provado, ao longo do tempo, que para não há impossíveis. Com a liderança de um
grande Treinador como é Obradovic, todos os objectivos estão ao nosso alcance.
Texto escrito por Pedro Ferreira
(Agradeço este texto
fantástico sobre o nosso Andebol que merece mais destaque, à semelhança das
outras modalidades)
Somos Porto e adorei esta passagem por uma das modalidades do nosso FCP. Muito bom!
ResponderEliminarComo portista fico muito agradado com as iniciativas deste blogue, em todas as áreas. Sou um fã das modalidades e adorei este texto breve sobre a história do andebol. Muito bem. Excelente iniciativa.
ResponderEliminarnão esquecer nunca a importância das modalidades, são símbolo máximo de cultura, democracia, abertura de horizontes.
ResponderEliminarBoa surpresa no blogue mais Portista que conheço :P o texto está muito bem escrito :)
ResponderEliminarNo Caixa ou no Dragão os adeptos deveriam estar sempre lá para apoiar não apenas o futebol mas também as modalidades!
ResponderEliminargrande texto Pedro Ferreira!
ResponderEliminarexcelente texto!! excelente blog. em todas as frentes ao mais alto nível :)
ResponderEliminarO andebolista Carlos Resende como me lembro dele... É orgulho ser Portista.
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