Já a saber os resultados dos seus rivais directos, FC Porto entrou em
campo sob o novo comando técnico. Luís Castro fez regressar o 4x3x3 e o Polvo
“agradeceu”.
FC
Porto entrou bem na partida, a construir jogo no conhecido 4x3x3. Logo aos 10’m Varela sofre falta quando entrava na
área com perigo. A grande penalidade daí resultante deu origem ao 1º golo da
partida. Quaresma converteu. Lance
claro e infantil do jogador do Arouca sobre Varela comprovava a superioridade
Azul e Branca, que desde cedo investiu no ataque. Luís Castro exigia orientação na defesa, um dos sectores mais
afectados nos últimos tempos pela sua intermitência exibicional. Martínez visava a baliza de Cássio, mas
os remates saiam fracos. Danilo também
apontou à baliza do Arouca, num grande remate, aos 19’m, a bola passa por
cima. O lado direito Portista trabalhou
muito bem. O 2º golo apareceu aos 22’m. Construção de Mangala que pica a bola para a área, recepção de Defour, finalização de Carlos Eduardo num remate
acrobático. 7’m depois Rui Sampaio reduz para o Arouca. Estava de volta o
fantasma que persegue o Tricampeão.
Pedia-se calma e concentração, os adeptos
Portistas ficaram expectantes sobre como iriam os seus jogadores lidar
agora com a vantagem reduzida. É importante que a equipa sinta que sofrer golos
não é motivo para desorientação, como tem vindo a acontecer nos últimos jogos. Analisando
o comportamento dos Dragões, percebe-se
que os jogadores acusaram nervosismo, por momentos parecia que as
desatenções individuais/colectivas poderiam deitar tudo a perder. Aos 34’m Nuno
Coelho derruba Jackson dentro da área
e é assinalada grande penalidade de novo. Quaresma
falha a marcação rematando por cima da baliza. Os assobios pressionavam os Dragões que foram somando alguns “erros
de percurso”. Abdoulaye e Maicon
estiveram em apuros algumas vezes perante as ameaças de Cissé. Defour começou a aparecer nos lances de
perigo e tentou o golo sempre que pode.
A 2ª parte era o derradeiro teste à “cabeça”
dos jogadores. E saliente-se, custou sim, mas passaram um teste que, digam o que
disserem, era muito difícil. Não pelo adversário (com o devido respeito ao
Arouca), mas pelo golo sofrido, pelos erros que já custaram muita competição
esta época, pelos desaires cometidos após estarem em vantagem. Era urgente a equipa assimilar que se abre
um novo ciclo que requer força, coragem, ambição, capacidade de superação,
raça.
Varela
começou com uma boa jogada individual, mas caiu na área. Defour e Quaresma eram dos mais activos
neste início de 2º tempo. Apesar disso, era o Arouca que se sentia agora mais
confortável no jogo, ameaçando inúmeras vezes a baliza de Helton. Fase complicada colocava à prova a concentração
da defesa Azul e Branca.
Aos 64’m, sai Carlos Eduardo, entra Quintero.
O colombiano mexeu com a partida,
agitou as hostes Portistas. Serviu Jackson por várias vezes, mas Cha
Cha Cha não conseguia finalizar com eficácia. As coisas não estavam a
sair como Luís Castro pediu e a
instabilidade da equipa mereceu novamente as já famosas assobiadelas. Aos 75’m Varela quase faz o 3º, mas a mancha de
Cássio foi perfeita.
Aos 77’m sai Varela, entra Ghilas.
Aos 81’m Quaresma ameaça as malhas da baliza de Cássio, a bola sai ao lado.
Aos 83’m, o extremo não perdoa e
bisa na partida. Estava feito o 3º golo! Ghilas
centrou, Quaresma não perdoou.
Aos 86’m sai Quaresma, entra Licá.
Quintero
e Ghilas estavam frescos e não desistiram até ao último minuto. Perto
dos 90, Jackson Martínez regressa aos
golos. Faz o 4º e fecha a contagem no Dragão.
Defour assistiu e o colombiano põe fim ao jejum de um mês sem marcar. O
belga esteve perto do 5º golo já no fim da partida.
Exibição
arrancada a ferros numa provação mais psicológica do que física. Sinal positivo
dos Dragões que estão focados nas metas que ainda podem e querem alcançar.
O
Meu Homem Do Jogo: Defour
Destaques
Carlos Eduardo e os pormenores de
classe estão de volta.
Quaresma, no pior e no melhor, é um
jogador de fibra e grande persistência.
Defour, o melhor em campo, tomou sempre
as decisões correctas e lutou incessantemente.
Cássio, guarda-redes do Arouca, pela
sua experiência e segurança.
Opinião
Não importa se não foi uma exibição
brilhante. Importa sim salientar que foi um jogo disputado com cabeça,
capacidade de superação e coragem. Sim, coragem de não se deixar abater após
sofrermos o golo. Mérito para o Arouca, de facto. Soube explorar as
fragilidades do FC Porto.
Defour fez uma grande exibição,
Quintero apareceu com a sua criatividade a mexer no jogo. Martínez fechou um
ciclo longo sem marcar. Fernando regressa ao seu posto de trabalho sozinho,
como tanto gosta. Mas, mais do que falar em individualidades, importa salientar
o espírito guerreiro dos jogadores pois hoje enfrentaram com êxito os traumas
que há muito os perseguem. Lutaram para dar “o” passo mais importante da época.
Lutaram por agradar aos adeptos. Lutaram pelos 3 pontos. Estão de parabéns!
Que a união continue no grupo, a cabeça
nas vitórias, o corpo em campo e temos 3 taças na manga. Ou quem sabe algo
mais.
saudades destas crónicas! esta está de "topo sul" :P
ResponderEliminarTreinador eficiente
ResponderEliminarBoa dica a última frase :P TOPO SUL ao rubro! hihi excelente! #almadedragão
ResponderEliminarnão atiramos a toalha ao chão! nem que estivessemos a 30 pontos!!!
ResponderEliminardefour esteve muito bem, mas gostava de ver quintero na sua posição. quaresma teimoso! que grande relato de futebol, não foi brilhante, mas foi relevante :D
ResponderEliminarTudo é possíveLLLLLLLLLLLL excelente crónicaaaa!!! de uma mulher? :D parece-me muito bem mesmo!
ResponderEliminarQue prazer uma crónica tão bem escrita, coesa e convicta, a acompanhar uma vitória tão importante nesta fase da época. "Que a união continue no grupo, a cabeça nas vitórias, o corpo em campo e temos 3 taças na manga. Ou quem sabe algo mais." estou rendido. Parabéns à autora e ao nosso FC PORTO!
ResponderEliminarPorto! Porto! Porto! foi a melhor análise e o melhor recado que já li hoje!! muito bem!!
ResponderEliminarJá merecias uma coluna de destaque no Jornal O Jogo!!! MUITO BOM.
ResponderEliminarmartinez precisou de ajuda no golo..
ResponderEliminarRQ7 melhor em campo :D
ResponderEliminarconcordo, mas Defour jogou muito
EliminarUma excelente análise!! Portista Convicta!! :D Sou de acordo que Defour foi o melhor em campo, seguido de Quaresma. Tal como a crónica diz, "quem sabe"? Não desistir é o mais importante. No entanto, há que ter em atenção que a equipa andou quase 40 minutos perdida, sei que temos poucos treinos, é muito tempo junto de maus hábitos, mas temos de ser mais rápidos e eficazes. Saudações portistas.
ResponderEliminarmuito bom este texto!
ResponderEliminarNão percebo porque não temos esta Portista num programa de televisão para varrer com aqueles murcões! Assim é que se fala!
ResponderEliminarmuito boa esta crónica. o nosso grande amor é sempre Porto! Todos os Portistas deveriam visitar este blogue ;)
ResponderEliminarAntes de mais, parabéns pela crónica!! Os elogios dizem tudo. O teu Portismo é uma lição a todos os pseudo adeptos, famosos já pelas suas assobiadelas. Quanto ao jogo, estive lá, foi um bom jogo, daqueles que nos prendem do início ao fim, destaco Quintero e Quaresma. O jogo mais regular foi de Defour, sem dúvida. A equipa esteve mais compacta. Parabéns!
ResponderEliminarQue a união continue no grupo, a cabeça nas vitórias, o corpo em campo... - adorei!! fã fã fã. Defour, Quaresma e Quintero no destaque ;)
ResponderEliminartá tudo dito, Porto é muito superior a todos em portugal
ResponderEliminarExcelente crónica! Concordo com tudo. Defour trabalhou muito, Quaresma oscilante entre o bom e o menos bom. O familiar 4x3x3 deu bons frutos. Que se inicie assim um novo ciclo, em torno de uma equipa motivada e de uma massa adepta unida num único propósito: levar o mais longe possível o FC Porto.
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