Nova cara, o mesmo objectivo!

Antes de iniciar o meu artigo, agradeço o convite que mais uma vez me foi feito, na pessoa da Juliana. É sempre um enorme prazer para mim, contribuir para este espaço.

Falemos do FC Porto, versão 2014-2015. Um FC Porto que se espera diferente do da última época, não em termos de ambição, porque essa é sempre ganhar, mas na qualidade de jogo e, sobretudo, nos resultados obtidos dentro das quatro linhas.

Depois de toda a turbulência que marcou a temporada passada, a escolha do novo treinador foi célere e, como também já é habitual no nosso Clube, apanhou quase toda a gente de surpresa. Julen Lopetegui foi o escolhido, um basco (ex-guarda-redes), e que, como treinador, apresenta um currículo bastante vitorioso nos escalões de formação, da Federação Espanhola de Futebol. Lopetegui esteve no Dragão, em Abril, a ver o seu próximo clube jogar, já tinha conhecido os cantos à casa e retirou as anotações necessárias sobre os jogadores que constituiam o plantel do FC Porto. Tudo isto com uma particularidade, ninguém sabia de nada. Uma contratação à Porto, claramente com o dedo do Presidente e que logo nos fez perceber que a forma de trabalhar iria mudar, tendo como comparação aquilo que se passou na época transacta.

Lopetegui parece ser um homem decidido e bastante motivado com o seu novo projecto. Após algumas semanas de trabalho, já conseguimos perceber que é um treinador que gosta de impôr disciplina, que é rigoroso, metódico e a inovação está sempre presente no seu trabalho. O caso mais flagrante trata-se das já famosas torres construídas no Centro de Estágio do Olival, com o objectivo de filmar os treinos, com uma panorâmica diferente, capaz de mostrar ao treinador, pormenores que o olhar à face da relva não consegue escrutinar.

Outro aspecto a reter deste início de pré-temporada é a constituição do plantel. Praticamente todos os jogadores contratados tiveram o aval do novo míster, e alguns deles já trabalharam anteriormente com o técnico, enquanto que outros, a grande maioria vindos da Liga Espanhola, são “velhos conhecidos” de Lopetegui.

O plantel ainda não está fechado, será necessário fazer uns pequenos reajustamentos, talvez mais 1 ou 2 contratações, capazes de colmatar saídas que irão existir, bem como o empréstimo de alguns atletas a outros emblemas, pois o seu espaço no plantel ficou bastante reduzido.

Na minha opinião, o plantel está a ser bem construído. Os jogadores estão a ser escolhidos pelo treinador, apresentam uma qualidade inegável e todos os sectores estão a ser bem povoados, com pelo menos dois jogadores para cada posição.

Mesmo sem toda a gente disponível até ao momento, a pré-época tem dado sinais positivos. Já se vê trabalho do novo líder, embora ainda muito tenha de ser feito, mas acima de tudo, nota-se uma grande motivação em todo o grupo, para que o FC Porto regresse ao caminho dos triunfos. Claro que a pré-temporada vale o que vale e a época passada é o exemplo claro de que uma boa preparação, não é sinónimo de uma boa época. No entanto, os dados apresentados são animadores, fazem os Portistas acreditar na equipa e, com toda a certeza, criarão uma corrente positiva em toda a Familía Portista.

Ainda assim, não podemos entrar em euforias desmedidas. Não vai ser fácil voltar a ganhar. Aliás, nunca é fácil ganhar. O FC Porto sempre foi habituado a lutar na adversidade, por isso, desta feita não será diferente. 

Maus momentos vão acontecer e, com certeza, não faltarão os mesmos de sempre a tentarem-nos enterrar de vez. Não vão conseguir, porque nós não vamos deixar. É hora de todos os Portistas estarem unidos em torno do mesmo. É hora de encher o Dragão, ou pelo menos perto disso, é hora de encher o sector visitante dos Estádios por esse país fora (e a geografia do nosso campeonato, apenas nos coloca 8 vezes a mais de 100 Km do Dragão). Todos juntos, a remar para o mesmo lado, conseguiremos fazer desta época, mais uma, cheia de sucessos para o nosso Clube.

Concluo citando Pedro Homem de Mello, com a frase que, para mim, melhor caracteriza o FC Porto e todo este sentimento que nos une: “...e azul e branca, essa bandeira avança azul, branca, indomável, imortal como não pôr no Porto uma esperança se «daqui houve nome Portugal»?”.

Texto escrito por Pedro Ferreira

(É sempre um prazer ter a tua colaboração. Obrigado Pedro.)