quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A vida e os “bulldozers”

Sabem aqueles dias em que parece que o mundo vai desabafar na nossa cabeça? Pois bem, há dias tive um “desses”. Achei que fosse mais um dia, mas no minuto em que pus o pé no chão senti que tinha sido atropelada por um “bulldozer” gigante.
Por mais que tentasse desenhar um sorriso, dar umas palmadinhas nas minhas próprias costas e repetir um milhão de vezes que tudo se ia compor, que estava a ver as coisas de forma exagerada, nada parecia funcionar. O raio do “bulldozer” continuava lá, pesado, a olhar para mim.

Lembrando o título de um livro do escritor Pedro Paixão, “viver todos os dias cansa”. O cansaço pode ser um inimigo forte: rouba-nos as esperanças, deixa-nos a  preto e branco, adia os nossos sonhos.
Olhamos em volta e vemos um país triste, cinzento. A esperança parte para outras paragens, tal como as pessoas. Não podemos fazer (quase) nada. As coisas são o que são.
No meio deste redemoinho de emoções, lá vamos conseguindo aliviar a pressão da “máquina”, ganhando fôlego, respirando a compasso.  Há dias assim…

Mas sabem que mais? Não podemos baixar os braços. Todos os dias temos de recomeçar novamente porque assim é feita a vida: de começos e recomeços, avanços e (alguns) recuos, pausas. E estes são os trilhos da vida. Temos de percorrê-los, cair, levantar, lavar as feridas e seguir em frente. Na esperança de encontrarmos nem sabemos bem o quê, mas algo novo, doce, sem tantos caminhos traiçoeiros. Como o pote de ouro no final do arco-íris, o oásis no meio do deserto. Assim vamos conseguindo, ainda que com passos pequenos e leves, fazer o nosso trajeto. Livramo-nos do “bulldozer” e limpamos a poeira.  Endireitamos a face amarrotada, o corpo cansado e continuamos.
Porque assim somos nós, seres cansados mas persistentes, desapontados mais ainda assim esperançosos. Porque cada dia é um dia e o mundo gira. E enquanto tivermos esta convicção está tudo bem.


Afinal, como dizia Shakespeare, nós “somos feitos do mesmo tecido de que são feitos os sonhos”. Por isso, bons sonhos!


Life and “bulldozers”

Do you know those days it seems like the world is going to crush in our head? Well, a few days ago I had one of “those”. I thought it would be just another day, but the moment I got out the bed I felt like I had been hit by a giant bulldozer.

As much as I tried to draw a smile , to give a pat on my own back, to repeat a million times everything was going to be OK, that I was overreacting, nothing seemed to work. The damn bulldozer was still there, heavy, looking at me.
Remembering the book title from the writer Pedro Paixão , “living every day is tiring”. Tiredness can be a strong enemy: it steals your hopes, leaves you black and white, postpones your dreams.

You look around you and see a sad, grey country. Hope leaves to other places, and so do people. There’s (almost) nothing you can do. Things are the way they are.
In the middle of the swirling emotions you manage to relieve the pressure of the “machine”, get your breath back and breathe slowly. Some days are just like this…

But you know what? You can’t give in. Every day  you must start again because that’s the way life is: full of starts and restarts, taking steps forward and (sometimes) backward ones, pauses. These are life paths. You have to walk along, fall down, get up, clean your wounds and keep walking. Hoping to find something you don’t even know for sure, but something new, sweet, with less tricky ways. Like the pot of gold at the end the rainbow, the oasis in the middle of the desert. That way you manage, even if with small and light steps, to continue walking. You get rid of the bulldozer and clean the dust. You straight  the “rumpled” face, the tired body, and carry on.
Because that’s the way we are, tired but tenacious, disappointed yet hopeful. Because each day is different and the world spins. And if we believe this everything is alright then.


After all, like Shakespeare wrote, we “are made of the same material as dreams are made of”. So, sweet dreams!

Ariel B. L.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Robin Williams que agora encontres a verdadeira paz...

Robin Williams que agora encontres a verdadeira paz, aquela que não te era permitida pela sociedade hipócrita em que vivemos.

Passaste a vida a fazer rir os outros, mas alguém se esqueceu de te fazer rir a ti. Alguém se esqueceu que o mundo cor-de-rosa termina quando vimos o "The End" no fim de cada filme.


Continuem a iludir-se de que tanta gente famosa, com ou sem dinheiro, com ou sem sucesso, se mata por mera coincidência. Continuem a ser os hipócritas habituais. A sociedade nem gosta de pessoas que são o que são, causam transtorno.

Obrigado por cada momento em que fizeste realmente a diferença nas nossas vidas. Uma gargalhada. Uma lágrima. Uma tristeza esquecida. Uma alegria consciente. Obrigado.

RIP

JB

sábado, 9 de agosto de 2014

West Brom 1x3 FC PORTO

Mais um adversário com o qual os Dragões nunca se cruzaram em competições oficiais. O último teste em terras de sua majestade ditou um “herói”: Jackson Martínez.

Onze Inicial
25 Andrés Fernández
13 Diego Reyes
2 Danilo
26 Alex Sandro
4 Maicon
6 Casemiro
8 Brahimi
16 Héctor Herrera
30 Óliver Torres
9 Jackson Martínez
11 Cristian Tello

Substituições
Sai Casemiro, entra Rúben Neves
Sai Tello, entra López
Sai Óliver, entra Quaresma
Sai Martínez, entra Ricardo
Sai Brahimi, entra Quintero
Sai Danilo, entra Evandro
Sai Herrera, entra Sami
Sai Alex, entra José


2’m e remate de Jackson Martínez! Começávamos bem. A nossa intenção era exercer uma pressão alta no meio-campo e, daí, partir literalmente “tudo”. Alex Sandro combinava bem com Brahimi e Jackson com Tello. Poderíamos estar a vencer aos 12’m. Sem margem de dúvidas. Estávamos mais perigosos, a circular a bola. Aos 21’m, GOLO! Tão desejado e merecido!! Casemiro, o médio de 22 anos emprestado pelo R. Madrid, fez o primeiro golo com muita facilidade, na sequência de um canto. Pouco depois foi Tello, com uma bola rasteira, quase, quase!
Já não havia dúvidas de que o FC Porto era uma equipa muito superior ao West Bromwich Albion. No entanto, essa superioridade não evitou um passe no mínimo escandaloso de Alex Sandro. A fantástica defesa de Andrés atenuou o que podia ter sido um grande susto ou, diria antes, o que seria um golo de Berahino! Mas, aos 39’m, o golo do empate chega mesmo. Um lance de bola parada, erro de marcação da equipa Portista numa confusão que não se entende, Olsson “marca”. Andrés e Óliver não conseguem evitar o pior. Por esta altura a finalização continuava a ser um problema e os erros defensivos também não agradavam. A primeira parte terminou com um tiro de Herrera por cima.
Com um futebol bem mais organizado e de outro nível, a equipa Azul & Branca não conseguia traduzir em golos a supremacia em campo. Voltámos a ver algumas das dificuldades, já descobertas frente ao Everton.

O 2º tempo começa da melhor maneira, digamos que os intervalos têm este efeito na equipa do FC Porto. Aos 50’m, o suspeito do costume beneficia de um belo cruzamento de Quaresma: falo de Martínez , que faz o 2º GOLO, aniquilando Foster. Nova defesa apertada para o inglês. Herrera dispara e quase faz o 3º golo logo de seguida. Mas não precisámos de esperar muito. De grande execução e, apesar de difícil, Cha Cha Cha não perdoa. É um goleador nato. Grande visão de golo. Estava feito o 3º, aos 53’m. A entrada muito dura sobre Ricardo Pereira, sendo num jogo amigável ou não, foi vergonhosa e é ultrajante não ter sido mostrado nenhum cartão! Os Dragões reinavam soberanos perante um adversário desnorteado. Como não marcámos golo à beira dos 82’m??? Evandro? Reyes? Atinem meninos. Proibido falhar nestas situações.


O que eu penso? Bem, isso é fácil.

Pré-época fechada, boa vitória. Ainda há coisas a afinar na “máquina”. Faltas de concentração na defesa durante a 1ª parte (à semelhança do que acontecia na época passada). É necessário um refinamento nos processos defensivos. Maicon, se não estiver com nenhum tipo de limitação física, raramente é batido e pelo ar é exímio; a sua velocidade ainda não está bem, mas não sei se é falta de confiança do central ou ordens do mestre espanhol. Certo é que Maicon e Indi parecem ser a dupla que mais garantias dá neste momento, sem esquecer que Reyes está a crescer e, pessoalmente, não vejo necessidade de mais centrais. Aos poucos, as pernas vão deixar de tremer ao mexicano. Acho é que hoje os defesas, talvez na tentativa de colmatar alguns erros grosseiros, taparam Andrés em momentos proibidos, ele que se revelou um excelente guarda-redes! De José pouco se viu, Alex Sandro precisa de descanso, mas descanso a sério. Adrián López na zona central é para esquecer! Do meu ponto de vista, Casemiro e Rúben Neves estão óptimos para trincos. Aliás, este último descomplica o jogo de uma maneira incrível. Não vejo necessidade de mais contratações para este sector. O que precisa mais o “puto” de provar? É craque, é estrela, é genial!
Falta de entrosamento quando não há ponta-de-lança. É um facto que isto é mais do que normal, dado que é uma equipa quase toda nova. Há muito a assimilar ainda e, conforme já havia referido anteriormente, o pior inimigo do FC Porto neste momento é a falta de tempo. Vi uma equipa mais regular do que no último jogo, mas ainda extremamente dependente do único ponta disponível. Queria ter visto mais Sami. Mostrou um grande potencial no início da pré-temporada e agora parece algo esquecido por Lopetegui, porque entrar a 5’m do fim… Quer dizer, não é propriamente justo para um jogador que falha a selecção do seu país para ficar a ganhar “estaleca” no FC Porto. Um jogador que tudo tem feito para estar em concentração absoluta no nosso Clube. Sou a favor de um PL móvel e gostaria que Sami ficasse no plantel.
Apesar de termos sido uma equipa dominadora, as mudanças de ritmo e entrosamento entre os atletas ainda não funcionam na perfeição. Teremos de ser pacientes. Herrera tem sobressaído, o Mundial fez milagres, pelo menos ao mexicano, sem dúvidas. Está mais confiante na abordagem aos lances e ataca a baliza sem receio. Mesmo quando não lhe corre bem, não desiste. Óliver tem muita garra, é persistente, aparece em todo o lado. Quintero anda um pouco desaparecido ou é impressão minha? Um ou outro pormenor, mas nada de exuberante.

Não me agrada a ditadura Martínez. Atenção, não quero ser mal interpretada. É um jogador extraordinário, marca imensos golos, consegue sempre descobrir o caminho para eles e desconfio que a falha mais grave que o colombiano tem cometido é falhar golos INACREDITÁVEIS. No entanto, anseio pela chegada de Raúl Jiménez.
Um à parte, Danilo continua a ser o jogador mais utilizado na pré-temporada. Opare e as lesões continuam a levar o brasileiro ao extremo e ainda nem começámos à séria. Fica a nota.
Para uma equipa que disputa a Premier League, este West Bromwich deixa muito a desejar.

Grande apoio dos adeptos Portistas que em todo o lado se fazem ouvir!!! São os maiores e os melhores!!

Mas não neguemos: o FC PORTO está em forma!!! Que venha a competição a sério!!

JB



sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Para quê magoar?

É triste ver como entre tantos amigos, primos, irmãos, pais, filhos e por aí fora, parecem existir quezílias difíceis de sanar. Não se entende, por vezes, os motivos de tais rancores, mas fazem tanto mal ao ser humano. Ao fim ao cabo são os nossos, aqueles que é suposto estimarmos para todo o sempre. Protegermos. Amarmos incondicionalmente.

Por vezes, as interpretações são distorcidas, não se diz o que se quer dizer, magoa-se a troco de nada, porque precisamos de descarregar as nossas frustrações em alguém. E quem melhor do que os mais próximos para levarem com isso? É muito triste, egocêntrico e mais coisas que não me atrevo a chamar.



Nas famílias essencialmente, encontramos as maiores contendas, mas que por vezes nem entendemos a sua razão de ser. Aconteceu, não foi curado ou esclarecido. Arrastou-se.
De um mal-entendido acaba uma amizade, um amor, uma relação entre pai e filho. Porque não são as pessoas verdadeiras nos seus preceitos? Evitariam muita discórdia.
Pequenas atitudes, pequenos gestos, pequenas mudanças da nossa parte não explicadas podem gerar inúmeras confusões.

Vamos ser claros e coerentes nos nossos princípios. Não há necessidade de mágoas quando se diz a verdade. Quando se ama, magoar não é um erro, é a morte do sentimento.


Alguma história que queiram partilhar comigo sobre esta temática? Sintam-se livres de o fazer em anónimo.

Obrigado pelas vossas visitas, seja a vossa opinião a favor ou contra o que aqui escrevo



Aqui devemos dizer o que realmente pensamos e sentimos.


JB



Why hurt?

It’s sad to see how there are certain issues hard to get over between friends, cousins, brothers and sisters, sons and daughters, parents and so on. Sometimes it’s hard to understand the reasons behind those grudges, but they are very harmful to human beings. After all, we’re talking about our people, the ones that we were supposed to cherish ever after. To protect. To love unconditionally.
Sometimes, there are misinterpretations, you don’t say what you want, you hurt others in change for nothing because you need to take out your frustrations on others. And who better the ones closer to you to take with it? It’s very sad, egotistical and other things I do not dare to name.

Essentially in families you find the biggest disagreements, but most times you can’t understand how they start. It just happened, it wasn’t healed or clarified. It dragged down.
Soon a misunderstand puts an end to friendship, love, a relationship between parents and their children. Why aren’t people true in their believes? It would avoid a lot of disputes.
Small gestures or attitudes, non clarified small changes from side to side can lead to total confusion.

Let’s be honest and coherent in our principles. There’s no need to hurt when you tell the truth. When you love, hurting is not a mistake, it’s the death of the feeling itself.

Is there any testimony, any story you would like to share here about the theme? Feel free to do it anonymously if you want.
Thank you for coming here, either you’re against or in favour of what is written.

Here you can say what you really think and feel.


(translated by Aida Batalha Twitter: @Aida_Batalha)

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Esclarecendo (ou não) Gaza (atenção à violência das imagens)

O conflito entre Israel e a Palestina tem muito, muito tempo. Apesar de as datas concretas não serem claras, possivelmente começou no início do séc. 20. É dos conflitos mais “incuráveis” a nível mundial. Extrema violência numa zona repleta de lugares histórico-culturais e religiosos, onde os direitos humanos não são respeitados.
Gaza faz parte dos territórios palestinianos e só tem 41 Km de comprimento. Tem elevada escassez de água e basicamente nenhuma indústria. Vivem lá quase 2 milhões de pessoas, na sua grande maioria refugiados palestinianos. E porque precisaram de refúgio? Porque nos finais dos anos 40 a guerra entre árabes e israelitas estava ao rubro, bem como a própria guerra civil dentro da Palestina. Quase 1 milhão de pessoas foram expulsas das suas casas. Os motivos diferem, quando ouvidos por Israel ou quando ouvidos pela Palestina. Creio que já nem sabem o que dizem e nem aquilo que realmente corresponde à verdade.


Mas se há algo que está na base deste conflito são os judeus. Estes viviam na Palestina e com a sucessiva passagem de poder sobre o estado palestiniano, modificavam-se as ideias sobre o que fazer aos judeus. Após os acontecimentos hediondos perpetrados pelos nazis, as grandes potências mundiais, em conjunto com a ONU, resolveram dividir a Palestina em dois territórios: 55% para um estado judeu e 45% para os árabes. Os judeus aceitaram e fundaram Israel. Ora esta decisão não foi aceite pelos árabes. O movimento sionista (judeus) pretendia a criação de um Estado Nacional Judaico. Queriam um espaço, um terreno por aquelas paragens, poder e independência. E assim começa uma carnificina que dura até hoje. Palestina ataca de um lado e Israel do outro. Várias resoluções e tratados de paz foram acordados e quebrados.
Explosões em Gaza

Breves:
  • Os britânicos mandaram na Palestina. Os egípcios mandaram na Palestina.
  • Outras guerras dentro da própria guerra surgiram, envolvendo países europeus aliados de ambas as partes. A U. Soviética ficou ao lado do estado de Israel, estado esse que os árabes da Palestina continuavam a não reconhecer.
  • Tem sido impossível estabelecer territorialmente um limite entre estes dois países, dado que, ao contrário do que a comunidade internacional pede, Israel continua a avançar na anexação das regiões em volta.
  • Os ataques de Israel são mais intensos dada a tecnologia de ponta. Possuem até sistemas antimísseis. Raramente são afectados. Como resposta bombardeiam a Faixa de Gaza.
  • Temos ainda a Cisjordânia (situada na parte ocidental do território israelo-palestiniano), que actualmente está ocupada por Israel, mas que a Palestina e a Jordânia reclamam para si.
  • Em 1993, vários membros europeus e os EUA tentaram ajudar os chefes de ambos os estados a chegarem a um acordo, mas mais uma vez as negociações falharam. Com Yasser Arafat houve muita esperança na mediação do conflito, de forma a ter fim… sol de pouca dura.
  • No dia 25 de Fevereiro de 1994, o massacre que ficou conhecido como Cave of the Patriarchs massacre, o israelita Baruch Goldstein, do movimento Kach, abriu fogo contra vários palestinianos que rezavam na Mesquita de Abrãao, por altura do Ramadão. Vários mortos e feridos como saldo que só não aumentou porque os sobreviventes espancaram até à morte Goldstein.
  • Assassinatos de políticos importantes de parte a parte mantiveram a guerra acesa.
  • Desde 2006, o Hamas (partido político considerado por muitos como um grupo terrorista) assumiu a Palestina, vencendo as eleições parlamentares. Os princípios do partido são todos baseados no Corão (livro sagrado do islamismo).
  • Em 2010, com a ajuda de Obama, presidente dos EUA, os dois “países” acordaram mediar o conflito e dar tréguas. Mas rapidamente se retomaram os bombardeamentos, com Israel a culpar Hamas (partido que rege a Palestina) e vice-versa. O Egipto consegue então que os dois estados façam um acordo de paz.
  • Dado o poderio financeiro e militar de Israel, as mortes de palestinianos são sete vezes superiores aos israelitas mortos.


Míssil contra Israel
Actualmente…

No dia 12 de Junho de 2014 desapareceram três adolescentes israelitas que estavam na Cisjordânia. Foram encontrados mortos no dia 30 do mesmo mês. Israel culpou o Hamas pelo assassinato dos três jovens e assim começou mais uma chacina. No dia 2 de Julho, Israel queimou um jovem palestiniano em Jerusalém, como vingança. Até hoje, nunca mais pararam.


Simplifiquemos o que ambos querem (se é que ainda lutam por isto ou por outra coisa qualquer):
  • Reconhecimento mútuo das fronteiras de cada um dos países (cada um quer mais para si e têm pouco interesse numa divisão equitativa);
  • Direitos à água e a outros (escassos) bens;
  • Controlo de Jerusalém e Cisjordânia;
  • Liberdade para a Palestina e retorno dos seus refugiados.


Uma coisa é certa: palestinianos matam judeus e judeus matam árabes. Quase um século depois desconfio que já nem sabem bem os motivos pelos quais se andam a matar.


JB


Clarifying (or not) Gaza (beware of the violent  images)

The conflict between Israel and Palestine started a long, long time ago. Though specific dates are not accurate, it possibly started in the beginning of the 20th century. It is one of the most “incurable” worldwide. Extreme violence in a place full of historical, cultural and sacred places, where human rights are not respected.
Mãe segura bebé morta num ataque israelita

Gaza is part of Palestinian territory and has only 41 km long. Water is a rare good and there is basically no industry. Almost 2 million people live there, most of them Palestinian refugees. And why do they need to seek refuge? Because in the late 40’s war between Arabs and Israelites was at its peak, as well as the civil war inside Palestine. Nearly 1 million people were expelled from their homes. Motives differ, when told by Israel or Palestine. I believe they don’t know what they are saying or what really corresponds to the truth anymore.

Israel alerta que vai atacar
But if there’s something on the basis of this conflict, Jews are. They lived in Palestine and with constant change of power over Palestinian state, ideas about what to do with them also changed. After the hideous happenings perpetrated by Nazis, world powers together with UN, decided to divide Palestine into two territories: 55% to a Jewish state and 45% to the Arabs. The Jews accepted the division and founded Israel. The decision wasn’t accepted by Arabs. The Zionist movement (Jews) wanted to create a National Jewish State. They wanted a place, a territory in that area, power and independence. And that’s how the carnage that lasts till today started. Palestine strikes from one side and Israel strikes back from the other. Multiple solutions and peace treaties were celebrated and then broken.
Ataque aéreo de Israel contra a Faixa de Gaza

In short:
  • British ruled Palestine. Egyptians ruled Palestine.
  • Other wars inside the war itself have risen, involving European countries allied of both parties. The Soviet Union supported Israel, state which Arabs from Palestine still do not recognize.
  • It has been impossible to establish terrestrial limits between these two countries, once that, contrary to what international community demands, Israel continues occupying surrounding  territories.
  • Israel strikes are more violent due to the high technology they possess. They even have anti-missile systems. They are rarely hit. In response they attack the Gaza Strip.
  • There’s still Cisjordan (situated in the western part of Israeli-Palestinian side of the territory), presently occupied by Israel, but also claimed by Palestine and Jordan.
  • In 1993 several European members and The USA tried to help governments from both sides to reach an agreement, but once again negotiations failed. With Yasser Arafat hope grew on the mediation of the conflict so it could come to an end… it didn’t last long.
  • On 25th February 1994 the massacre that became known as Cave of the Patriarchs Massacre, the Israelite Baruch Golstein, from Kach movement, set  fire on several Palestinians who prayed on Abraham Temple during Ramadan. The result was several dead and injured and the number wasn’t higher because survivors beat Goldstein to death.
  • Important politicians murders from side to side kept the war opened.
  • Since 2006, Hamas (political party considered by many as a terrorist group) took over Palestine by winning parliamentary elections. The party principles are based on Koran (the holy book of the Islamic religion).
  • In 2010, with help from President Obama, the two “countries” agreed to mediate the conflict and call truces. But bombing soon began again, with Israel blaming the Hamas (party that rules Palestine) and vice versa. Egypt then managed the two states to sign a peace treaty.
  • Due to Israel financial and military power, the rate of Palestinian deaths are seven times higher than Israelites.

Nowadays…
On 12th June 2014 three Israelite teenagers were missing in Cisjordan. They were found dead on 30th that same month.  Israel blamed the Hamas for the murder of the three young men and carnage started again. On 2nd July, Israel burned a Palestinian young man alive in Jerusalem, as an act of revenge. Till today, they didn’t stop.

Let’s simplify what both want (if they’re still fighting for anything at all):
Mutual recognition of frontiers between two countries (each one wants more for itself and they show little interest in an equitable division;
Right to water and other (scarce) goods;
Control of Jerusalem and Cisjordan;
Freedom to Palestine and return of Palestinian refugees.

One thing is for sure: Palestinians kill Jews and Jews kill Arabs. Almost a century after, I suspect that they don’t know anymore the motives why they continue to kill each other.


(translated by Aida Batalha Twitter: @Aida_Batalha)

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

domingo, 3 de agosto de 2014

Everton 1x1 FC Porto

Goodison Park recebeu o FC Porto no jogo de apresentação dos toffees ao seu público. Não foi um jogo deslumbrante, nem perto disso.

Onze Inicial
12 Fabiano
26 Alex Sandro
4 Maicon
2 Danilo
3 Bruno Martins Indi
36 Rúben Neves
16 Héctor Herrera
30 Óliver Torres
15 Evandro
18 Adrián López
7 Ricardo Quaresma

Substituições
Sai Óliver, entra Martínez
Sai Quaresma, entra Brahimi
Sai Evandro, entra Casemiro
Sai Rúben Neves, entra Tello
Sai Adrián, entra Quintero
Sai Herrera, entra Carlos Eduardo
Sai Alex, entra José Ángel
Sai Maicon, entra Reyes
Sai Danilo, entra Opare


Primeira asneira foi nossa logo no primeiro minuto. Aos 6’m os ingleses contabilizavam mais ataques, estavam decididos a adiantar-se no marcador e Lopetegui estava naturalmente desassossegado. Aos 11’m não foi golo nem sei muito bem como! Necessidade ancestral de PL? Lopetegui não parece muito afectado com a questão. Aos 18’m aquela trivela de Quaresma merecia melhor destino, mas Herrera não conseguiu fazer o golo. Herrera aparecia muito subido, diferente da época passada, o que é positivo, mas alguns erros do mexicano não podem tornar-se habituais. Faltavam soluções para furar a muralha defensiva do Everton.

Jogo muito compacto, sem claras oportunidades de golo. Notei um bom meio-campo, aliás acho que devido à ausência de Fernando, esta zona do terreno tem muita gente (a mais?). Sem um nome no ataque destacado e definido para se encarregar de marcar, com Adrián a jogar numa posição em que não se adapta, o jogo estava feio, lento, pouco atractivo. Para manter o entusiasmo, só os adeptos do FC Porto, que estão em todo o lado, se faziam ouvir, num apoio incondicional aos Dragões. Isso e o erro escandaloso de Fabiano que acaba por oferecer o golo a Steven Naismith.


Aos 57’m, e após a reposição de um ponta-de-lança na equipa Azul & Branca (não dá para negar a falta dele, por mais sistemas de jogo que se utilizem, por mais que os técnicos tentem modificar, parece-me preocupante que o FC Porto não consiga criar um jogo mais colectivo na frente de ataque), o Jackson Martínez, lá está, empata o jogo, após passe de Herrera. Após as substituições o FC Porto cresceu a olhos vistos, Tello também deu nas vistas, tal como Brahimi. O Everton estava agora a conhecer um “novo” Porto. Mais pressionante, mais afinado e mais organizado. Martínez volta a falhar alguns lances flagrantes. Aos 81’m e na única jogada de ataque construída pelos ingleses desde o início da 2ª parte, Fabiano redimiu-se do erro que deu o golo a Naismith. Enorme defesa! Este McGeady… Ao cair do pano (90’m certos), Jackson ainda tenta a vitória, mas o cabeceamento foi à figura de Robles.

O futebol inglês é outro “patamar”, muito competitivo e de grande desgaste físico. O corredor esquerdo não me convenceu, Adrián também não e o papel de Quaresma neste FC Porto está muito tremido. Tello é muito bom jogador, mas não ajuda na defesa, deixa o flanco exposto e Quintero pouco aparece. O sistema de Lopetegui está estranho e é bom que se esclareça. Sami não jogou porquê?
Estamos a menos de 15 dias do início das competições oficiais e não me parece que os adeptos mais exigentes do mundo vão ter muita paciência para qualquer tipo de erro. Com o apuramento para a Champions à espreita, a falta de entrosamento de alguns jogadores não me agrada.
Jogo é jogo. E a feijões ou a milhões ninguém gosta de perder (empatar para mim é igual). Arestas a limar e o tempo a voar.

Digam-me o que pensam de tudo e mais alguma coisa!

JB