quinta-feira, 6 de junho de 2019

Os Meus (Estranhos) Hábitos


Todos nós temos hábitos que, no fundo, já são as nossas rotinas pessoais – aquelas coisas que, se não as fizermos, o dia já não corre tão bem (pensamos nós). Eu chamo-lhes “vícios mentais”. São convicções tão fortes que já não sabemos ser de outra maneira.
Venho partilhar convosco sete desses meus hábitos que uns acharão normais, outros dirão que eu sou uma “weirdo”.
1.  Estalo os dedos várias vezes por dia, caso não o faça, sinto que não tenho as mãos relaxadas. É um hábito que irrita as pessoas à minha volta, mas dá-me tanto prazer!
2.  Quando tenho sono, ou regra geral ao final do dia, tenho a mania de coçar o couro cabeludo ao ponto de ficar mesmo irritado. Mais uma vez, eu associo esta prática ao meu relaxamento e bem-estar. Vá se lá saber.
3.  Todos os dias tenho de beber três litros de água, caso não o faça, sinto-me incompleta. Aqui podem rir.
4.  Danço enquanto escovo os dentes. Acho um desperdício de tempo estar dois minutos a escovar os dentes sem fazer nada.
5. Todos os dias tenho uma obsessão por uma música (habitualmente rock) e ouço-a, no mínimo, dez vezes seguidas. Repeat, repeat
6.  Não gosto de estar em casa com a roupa com que ando na rua. Nem que vá a casa por meia hora tenho de vestir e calçar algo confortável. Este hábito é mesmo uma grande obsessão, não consigo evitar porque simplesmente não me sinto bem.
7. Quando saio à noite para dançar, tenho sempre de regressar antes do sol nascer. Fico totalmente desorientada se chegar a casa e já estiver o dia claro. Confunde-me o sistema!

Pois é meus caros, são de facto hábitos muitos estranhos, confesso que tenho mais alguns.
Partilhem comigo os vossos hábitos mais estranhos. Somos todos um pouco weird mesmo!


JB

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Dói Mudar e Dói Não Mudar

Mudar um comportamento, um hábito, mudar de vida, de carro, de emprego ou qualquer outra mudança parece sempre muito difícil. Muitas vezes perdemos a vontade de o fazer pelo caminho.
Há muitas teorias e psicologias sobre o tema e todas me parecem corretas. Como em todos os assuntos que aqui abordo, hoje vou falar sobre como eu me sinto face à mudança. É a minha opinião. É sempre importante ressalvar isso.
Mudar o nosso comportamento é um verdadeiro desafio para o nosso cérebro. Especialmente aquelas mudanças que são para vida, ou pelo menos a longo prazo. Mudar de emprego, comprar uma casa, afastarmo-nos de certas pessoas, deixar de fumar, e por aí fora. Somos criaturas de hábitos, mergulhados em rotinas às quais não gostamos de fugir. As nossa vidas são tipo aqueles roteiros turísticos que se repetem dia após dia e sabe tão bem cumprir essa rotina com sucesso não é? Nada de mal nisso. Eu adoro a minha rotina, desenhei-a para mim e faz-me sentir completa. A nossa rotina faz parte da nossa identidade, por isso é tão difícil mudá-la. Mas, por vezes, é necessário.
A vontade de mudar tem de partir de nós, do nosso âmago. Quando sentimos que algo já não está a fazer sentido na nossa rotina, na nossa forma de estar ou ser, aí é preciso reinar a vontade de alterar o que deixou de nos preencher.
Na hora da mudança chegam os medos, as preocupações, a ansiedade, o stress, começamos a ser assombrados com pensamentos negativos. Tudo isto porque temos medo, muito medo minha gente, de sair da zona de conforto do que é estável. Somos o nosso pior inimigo, alguém duvida? Somos invadidos pelo medo de fracassar ou de, afinal, a mudança não se revelar boa para nós, como havíamos planeado. Enfim, pensamos em todos os motivos e mais algum para não mudar – é basicamente isto. Parece bem mais fácil manter uma vida razoável, sem grandes emoções fortuitas. Parece e é, de facto. Mas, a meu ver, é o que vai destruindo a nossa capacidade de viver e sonhar desmedidamente. Faz-nos perder a espontaneidade, a criança que perdura em nós. Aos poucos desistimos de viver, apenas para subsistir.
É preciso compreender que existem hábitos nas nossas vidas que simplesmente já não fazem sentido. Quando percebemos que determinados comportamentos ou estados de vida já não nos fazem felizes, é sinal que é urgente mudar. E todos já passámos por isso. Ainda que não tenhamos feito nada para alterar o que nos deixa infelizes, já todos sentimos essa urgência em mudar.
Sou da opinião que a mudança é algo gradual, algo que vai crescendo e evoluindo. Já lá vai o tempo (e a idade) em que achava que as mudanças deveriam ser drásticas, radicais mesmo. Comigo nunca funcionou, foi sempre um falhanço total. Exigia isso de mim mesma e quando não conseguia atingir a mudança que almejava, sentia-me um fracasso de pessoa. Talvez a mudança radical funcione para algumas pessoas, não duvido disso, mas para mim não dá. Optei por mudanças pequenas, diárias até, mas que me vão fazendo evoluir de uma forma que me preenche e me faz sentir orgulhosa de mim mesma. Pequenos passos para uns, grandes mudanças para mim. É um caminho mais lento, mas bem mais satisfatório. Todos os dias noto diferenças positivas em mim. E isso faz-me querer ser sempre mais e melhor.
Afinal, não é o destino, mas a jornada que importa.


Pensam muitas vezes no que gostariam de mudar?



JB

domingo, 7 de abril de 2019

A Morte Diverte?

Animais e entretenimento? Não me parece.

Os profissionais que cuidam dos animais já provaram, há muito, que determinados espetáculos não só afetam o bem-estar dos animais, como são na realidade uma crueldade. Do outro lado estão os defensores da tradição: a tourada, o circo, e por aí vai.
A privação da liberdade dos animais que andam com o circo é o mínimo dos problemas (considerando tudo o que passam por lá). Vivem em cativeiro, forçados a aprender um comportamento antinatural para atuar e divertir os humanos. Lamentável. Jardins zoológicos, oceanários e afins também estão na minha lista negra. Não é tão giro tirar fotos com tigres que estão drogados? Já que, devido aos seus instintos, de outra forma não conseguiriam estar ali sossegados. E os golfinhos? E os tubarões nos grandes aquários? Presos no meio da turbulência das grandes cidades? Quando podiam estar na imensidão do oceano, o seu habitat natural. Não consigo encontrar graça nenhuma a isso. Não me fascina. E os elefantes? Que são mal tratados e forçados a aprender os comandos que os treinadores desejam para evitarem serem magoados? Se estiverem interessados sobre o sofrimento pelo qual os elefantes passam há muitas gerações, pesquisem sobre o trabalho escravo a que são sujeitos em países como a Tailândia. Aproveitem e pesquisem também sobre casos comprovados de depressão dos animais que vivem em zoológicos e circos. Vivem em jaulas, não podem explorar nem brincar. Estão apenas “na montra” para os humanos se divertirem.

E o que dizer sobre as touradas? Elas remontam ao século XII e Portugal e Espanha são grandes impulsionadores desta prática. Antes do “espetáculo”, os cornos do animal são serrados (o processo é doloroso sim) para que sejam colocadas as “embolas” e após a corrida inicia-se o processo de retiradas de bandarilhas (ferros), que estão espetadas no dorso. Por vezes é preciso cortar o touro para que o processo seja concluído com sucesso. E em sofrimento e ferido, o animal segue para o seu destino – o abate. Alguns morrem antes de entrar no matadouro. Já sei que vão dizer que nem todos os animais são mortos, mas não se iludam. Se houver um em mil que não seja morto já é muito! Para entenderem todo o processo que envolve o antes e pós-tourada, aconselho a leitura do seguinte artigo: http://mgranti-touradas.blogspot.com/2009/07/touradas-portuguesa-o-sofrimento-dos.html (vale muito a pena).
É caso para perguntar: a morte diverte-te?




JB

quinta-feira, 14 de março de 2019

Os problemas da dicotomia ( comer carne)

Hoje venho abordar um tema que é bastante polémico. Toda a gente tem uma opinião sobre o assunto e algumas dessas pessoas são bastante radicais no que a ele diz respeito.
Já estou preparada para todos os tipos de críticas – por isso demorei tanto tempo a escrever este artigo.
Consumo de carne - é o meu tema de hoje. Não me quero alongar muito e nem pretendo aliciar nenhuma posição que vocês possam ter sobre o assunto. É apenas o que sinto sobre esta questão.


Sempre consumi carne e outros derivados de origem animal. Parei durante um ano e não foi assim tão difícil em termos de saúde, já socialmente era complicado.
Em 2014, após ver alguns documentários e influenciada por algumas pessoas que estimo, resolvi parar de comer carne, apenas carne. Continuei a consumir os derivados de origem animal tais como ovos, leite, queijo e iogurtes. Do meu ponto de vista, já que me conheço melhor do que ninguém, seria muito difícil parar especialmente com o queijo e os ovos. Tentei sim, mas em vão. Afinal, convenhamos, são muitos anos com o paladar habituado a determinados alimentos. Construímos a nossa dieta desde muito cedo e ela torna-se um hábito, é a nossa forma de nos saciarmos, ao mesmo tempo que damos prazer ao cérebro. Comer, para mim, nunca foi apenas para me manter ativa, tenho um grande prazer em alimentar-me. Desde sempre que adoro desfrutar da comida.
Durante a fase vegetariana experimentei muitos alimentos que até então me eram totalmente estranhos. E confesso que detestei. Tofu, soja, leite vegetal… Foi um horror. Passei de ter prazer a comer para comer por obrigação, vinculada à ideia da crueldade animal (que SIM existe) e também de ser mais saudável. Socialmente é trabalhoso – sim, mas não impossível, é certo.


Quando voltei a consumir carne, aboli a carne vermelha (para meu próprio bem), diminui muito o consumo da carne branca (por consciência), carne bovina também ficou excluída (por opção).
Ao longo dos anos, foram feitos inúmeros documentários sobre o quanto os animais sofrem para nós termos um bom bife, um copo de leite e por aí vai. Quero deixar claro que não sou insensível a esta questão, ou nem estaria a falar dela aqui. Fico chocada com a forma como os animais são tratados para que o povo possa comer. E já para não falar das condições em que a carne chega até nós: com cancro, proveniente de animais doentes, mas que são aproveitados porque é importante vender e alimentar os carnívoros. Sim, estou incluída. Seria pedir muito que os animais fossem tratados com dignidade? Não é lucrativo? Já sabemos que serão abatidos por nossa causa, então não seria crucial um tratamento respeitável e apropriado?
Consumo carnes brancas talvez duas ou três vezes por mês. Não mais do que isso – mas não é suficiente para mudar coisa nenhuma. Estou consciente disso.
A discussão poderia tornar-se bastante longa. É certo que é possível viver sem a proteína animal, afinal a Natureza dá-nos tanto. Estando na minha pele, vivo numa dicotomia como devem calcular. Se ao menos o consumo destes alimentos de origem animal diminuíssem… é certo que não resolvia muito, mas era um bom princípio.
Contem-me o que pensam deste assunto.

A segunda parte deste artigo, que remete para a tortura animal com fins recreativos, será publicada na próxima semana.


JB

sábado, 19 de janeiro de 2019

Pele mega seca! E agora?

Quem mais sofre deste (grande) problema?
Bem, a minha pele já passou por várias fases, mas há uns anos que estabilizou na sua versão seca, muito seca. No inverno então, a situação agrava-se substancialmente. Mudei mil vezes de cremes e de nada adiantou. Após pesquisar sobre o assunto e falar com algumas pessoas com o mesmo problema, consegui que a minha pele estabilizasse. Quero dizer, continua seca, mas pelo menos consegui que não escamasse e até já dá para usar maquilhagem – antes não podia, pois pelo facto de escamar, ficava com um aspeto asqueroso!
Os produtos que uso para manter a pele do rosto hidratada e bonita funcionam para mim e, apesar de alguns terem sido recomendados por especialistas, não quer dizer, de todo, que funcione para toda a gente – cada pessoa deve informar-se sobre o melhor a usar para a sua pele.
Nunca é de mais lembrar que é muito importante lavar o rosto duas vezes ao dia e exfoliar, pelo menos, uma vez por semana, para que a pele possa estar sempre limpa e assim absorver melhor os produtos.
Segue abaixo uma imagem dos produtos que salvaram literalmente a minha pele.
Após lavar e secar o rosto de manhã, uso água termal (uso a da Vichy) – é só fechar os olhos e pôr uma quantidade generosa em toda a face. A pele seca apresenta uma deficiência dos níveis de água e dos óleos essenciais que protegem a mesma. Por isso, para além de usarem e abusarem da água termal no rosto, convém beber pelo menos dois litros de água por dia. É importante começar a tratar da pele, pelo menos, uma hora e meia a duas horas antes de sair de casa, especialmente se formos usar maquilhagem, já que esta requere uma boa preparação/hidratação. Quando a água termal seca, aplico creme gordo (uso o da Vasenol) – se for usar maquilhagem ao invés de usar o creme gordo, uso o Bepanthene Plus (sim ajuda imenso a pele quando se vai pôr base). Após 45 minutos de ter colocado o creme gordo (ou Bepanthene), coloco por cima o meu creme de dia normal. Pode parecer muito creme, mas para que tem a pele seca, esta extra proteção fará milagres. A pele fica suave e elástica.
Por último, o tratamento da noite. Aqui vario um pouco. Quem usa maquilhagem durante o dia deve usar um desmaquilhante à base de óleo, bifásico. Após a lavagem do rosto e da água termal, uso o famosinho Nivea da lata azul, é maravilhoso! Faço isto quando chego a casa e só mesmo antes de me deitar é que aplico o meu creme de noite normal (que deve ser adequado para a pele seca). Duas vezes por semana, em vez de usar estes cremes à noite, coloco uma boa quantidade de óleo de coco extra virgem e deixo ficar até ao outro dia de manhã.
Só consegui ver resultados ao fim de quase três semanas, por isso não desistam e tratem bem da vossa pele, é a única “roupa” que usamos 24 sobre 24 horas.
Malta da pele seca: partilhem comigo os vossos truques!



JB

sábado, 29 de dezembro de 2018

Podes vir 2019...

E mais um ano a chegar ao fim. É engraçado como, nesta altura, sentimos necessidade de olhar para a vida, para nós mesmos e avaliar tudo o que se passou e começar logo a pensar no que queremos fazer no ano novo.
Para mim 2018 foi um ano de muita aprendizagem. Não alcancei nem metade do que queria, mas continuo na luta. Cada dia é uma bênção e uma nova oportunidade de alcançar algo que nos fará mais felizes. Acho que o ano que está a findar foi uma “ressaca” do péssimo 2017. As coisas demoram tempo a voltar ao lugar, apesar do tempo ser um bem muito precioso, a verdade é que as coisas não melhoram por magia de um dia para o outro. É preciso paciência, persistência e muita coragem. Um pouco de sorte também é sempre bom.
O fim de um ano é sempre altura de balanço, certo? No meu caso, faço balanços, muitas vezes, durante o ano. Mas quando chega o final do ano civil sinto sempre necessidade de me analisar mais ao pormenor.
À beira do novo ano é importante parar e “olhar para dentro”. É importante examinar as nossas atitudes, as nossas falhas e também felicitarmo-nos pelas conquistas, pela evolução que conseguimos alcançar. Feito isto é natural começarmos a pensar em novas metas para 2019. Pessoalmente, não faço isso. Não sei lidar com essa pressão e não a imponho. Eu realizo as coisas conforme elas vão fazendo sentido, ao longo de todo o ano. Todos os dias surgem desafios e todos os dias há que dar o nosso melhor. Por isso, não sinto necessidade de traçar um plano para o novo ano que se aproxima. Se todos os dias conseguir sentir-me um pouco feliz, já é um objetivo concretizado. Dito isto, quero salvaguardar que, apesar de não traçar metas, desejo sempre, todos os dias, ter muita saúde na cabeça e no corpo, ter paz na alma, ter as minhas pessoas bem perto e ter dinheiro para ter uma vida razoável. É um pouco grosseiro desejar dinheiro, não é? Pois, mas eu já deixei de ser hipócrita há muito tempo.


Ainda no campo dos desejos… Quero viajar mais em 2019. Há capitais europeias que não conheço e sendo tão perto, basta juntar um dinheirinho e ir. Já existem tantos voos baratos e estadias acessíveis. E também quero conhecer mais de Portugal. É um país pequeno cheio de grandes locais a visitar. Ah… também quero conseguir ler mais, muito mais! Mas o meu maior desejo é, sem dúvida alguma, continuar a evoluir como ser humano. Ser a melhor versão de mim mesma. E esta é uma luta diária. Todos os dias há que aprender, assimilar, conhecer. Mais do que um desejo, é uma ambição real.

Quais são os vossos planos para 2019? Ou também não fazem?


JB

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Eu a "rede"


Cresci sem redes sociais e fui muito feliz. Tive uma infância maravilhosa, com muita brincadeira e sujidade à mistura. Não havia telemóvel e nem tão-pouco poderia pensar que um dia não poderia viver sem ele.
O meio de comunicação com os amigos que estavam longe eram as cartas. Cartas essas que hoje ainda guardo com muito carinho. Mas os tempos evoluem e hoje é bem mais fácil comunicar e “estar perto” daqueles que estão longe. E isso é, sem dúvida, a maior invenção de todos os tempos.
As redes sociais têm atualmente um peso enorme nas nossas vidas. Bem, chamar-lhe peso pode ter uma conotação negativa. Sou totalmente a favor das redes sociais; não sou hipócrita e não me imagino a viver sem elas hoje em dia. Quem diz redes sociais, diz todo o tipo fácil e rápido de comunicação que temos à nossa disposição. Não tem preço o facto de poder falar com os meus pais a qualquer hora, onde quer que esteja; pais, amigos, colegas, etc.
Os meios de comunicação são essenciais na nossa vida pessoal e profissional, já que as redes sociais vieram criar um vasto leque de emprego a diversos níveis. As vantagens já todos sabemos quais são, mas e as desvantagens que a Internet trouxe? São assim tão graves?
Na minha opinião, o problema não são as redes, são as pessoas que as usam. As que criam notícias falsas, as que tentam burlar, as que não têm nada de útil para dizer, as que usam estes meios para denegrirem os outros, as que se fazem passar pelo que não são. A Internet é a ferramenta mais útil que poderia ter sido criada, mas infelizmente o ser humano usa-a ao serviço da sua maldade. O cuidado a ter é o mesmo que temos de ter presencialmente. Não confiar à primeira vista, não acreditar em tudo o que se lê e se vê; é importante estar alerta tanto na rede como na vida. Há coisa melhor do que ter a oportunidade de conhecer pessoas do mundo inteiro? Conhecer diferentes tipos de cultura? Está à nossa frente todo um mundo que era, até então, totalmente desconhecido para muitas pessoas.
Diz-se que hoje em dia se fotografa tudo. Bem verdade. Acontece que eu sempre fui viciada em fotografia. Guardo algumas dezenas de rolos e mais de mil fotografias que tirei até ao aparecimento do mundo digital. Eu fotograva tudo: paisagens, brincadeiras, lugares, festas, a escola, as saídas à noite, tudinho o que possam imaginar. Também tirava selfies com a máquina, não são novidade para mim – só não sabia que um dia se chamariam selfies.
Outro ponto que está sempre em foco é o facto de que as pessoas fingem, mentem e aparentam ter uma vida perfeita na Internet. Pergunto: não se fazia já isto antes? Claro que sim, só que não estava registado. Quem gosta de mentir, mente em qualquer lado. Não se iludam.
O problema que consigo identificar no uso da Internet é que as pessoas preferem estar a falar através de um aparelho do que falar fisicamente umas com as outras. É frequente ver amigos numa esplanada e cada um mexe no seu telemóvel com toda a concentração do mundo. Mais uma vez, a culpa não é da iIternet, mas sim de quem a usa. Tudo na vida deve ser moderado.
Eu adoro a Internet e sou muito grata a tudo o que ela me tem proporcionado. Conheci, através dela, pessoas maravilhosas e também pessoas que não prestam para nada – o que acontece igualmente na vida do dia-a-dia.
Por tudo isto, deixo-vos a pergunta: o problema é a rede ou são as pessoas que a usam?


JB

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Porque odeio ir às compras?


Vamos começar a semana com um tema bem quotidiano, bem leve: ir às compras.
Na minha última publicação referi que uma das coisas que mais detesto é ir às compras. Hoje explico o motivo, já que é bem raro uma mulher não gostar de fazer compras.
Eu passo anos sem comprar uma única peça de roupa. Não ligo nenhuma a modas e, desde que as coisas estejam em condições de serem usadas, uso o que tenho até, literalmente, rasgar. O que mais me aborrece é ter de experimentar – não tenho paciência nenhuma para o despe e veste. Quando era adolescente tinha mais vontade de fazer compras, mas com o passar do tempo tornou-se insuportável. Sinto uma enorme quebra de energia quando sei que tenho mesmo de comprar algo (por simplesmente precisar). Entrar nas lojas, ter de ver tudo, conferir preços e tamanhos, esperar na fila para pagar – é demasiado para mim. Podem estar a pensar que seria mais prático comprar online e têm razão, mas eu não gosto mesmo, não tenho estrutura psicológica para isso. Se as roupas que tenho estão boas, não entendo o porquê de comprar mais. Não critico de todo quem faz compras com frequência, pois cada um deve fazer aquilo que lhe faz sentir bem e sei, pelo que observo em muitas pessoas chegadas, que fazer compras é algo que as relaxa e que as distrai.
Basicamente sinto um cansaço monstruoso quando entro nas lojas. Mas atenção: não acontece só com compras de roupa. Ah pois não. Ir ao supermercado também é um sacrifício. Já tive momentos em que fui fazer as compras da semana e assim que entrei no estabelecimento tive uma quebra de energia tão grande, especialmente por ver tanta gente, que ponderei seriamente em voltar para trás. Fazer as compras do supermercado online foi algo que fiz durante muito tempo, mas faltavam sempre produtos, especialmente os frescos – acabava sempre por ter de ir buscar o que estava em falta e, tendo em conta as despesas de transporte que se pagam, não era viável.
Tenho preguiça do ritual das compras. Olhar vitrinas, falar com o vendedor, ficar em filas, vestir e despir várias peças até acertar não é mesmo para mim. Para ajudar a minha condição, não gosto da moda hoje em dia. É a minha opinião e respeito quem vive fascinado com o mundo das tendências, mas obviamente que a minha posição também merece ser respeitada.

E vocês? São viciados em comprar coisas novas?

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Coisas que não gosto mesmo

Há coisas das quais não consigo gostar mesmo e acreditem que já tentei!
Todos nós temos os nossos “ódios de estimação”, seja em comida, coisas, pessoas, filmes, músicas, etc. Hoje resolvi partilhar convosco algumas coisas de que não gosto e que, por mais estranho que possa parecer, são todas verdade, verdadinha.


Vamos a isso. Não gosto nada de…
·         Figos, melancia, melão, meloa, dióspiro;
·         sushi;
·         marisco, crustáceos, moluscos ou seja, camarão, lagostim, caranguejos, mexilhão, ostras, amêijoas, chocos, polvo, com exceção às lulas (que gosto muito);
·         algodão seco (molhado não me incomoda);
·         barulho a mastigar e a engolir que algumas pessoas fazem;
·         gin e cerveja;
·         andar de metro;
·         andar de elevador (espaços apertados dão-me claustrofobia);
·         futebol americano;
·         que me mandem mensagens ou liguem durante a noite (detesto);
·         calor no inverno;
·         ir às compras (nomeadamente roupas, sapatos, não tenho paciência nenhuma e quando vou é raro experimentar o que compro).

Muitos de vocês devem estar a achar que sou de outro planeta, mas certo é que existem coisas que não gostamos mesmo e não conseguimos esconder. Um dia escreverei sobre coisas que adoro mesmo, felizmente são muitas!
E vocês? Do que não gostam mesmo? Contem-me tudo.


JB

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

(Im)Perfeição

Tornou-se o único meio válido para viver em sociedade: parecer perfeito e feliz, ainda que seja mentira. Reunimos todos os nossos esforços para parecer… Quando devíamos encaminhá-los para realmente ser, sentir… algo.
A viver num meio que privilegia a mentira, tornámo-nos seres supérfluos, falsos e muito pior: concordamos livremente com isso. É condição essencial para sermos socialmente aceites e convenientes: mentir, ocultar, esconder, não revelar (a equação tem sempre o mesmo resultado). Aliás, preferimos mesmo que nos mintam! É mais fácil para todos. É uma espécie de acordo mutuamente aceite pelos humanos. Não queremos estar perto de pessoas com problemas, doentes ou deprimidas. Queremos que nos digam que estão bem, de perfeita saúde e de preferência que não se alonguem muito nas respostas. Afinal só perguntamos por curiosidade ou pelo “acordo social”.
Valerá a pena? É possível. Quando dizemos verdades pouco agradáveis espantamos os outros. Como se fossemos seres repulsivos, com alguma variante de peste bem contagiosa. A verdade é que… a verdade nos torna vulneráveis e, como vimos toda a gente como o inimigo, é importante que nos achem fortes. Não confiamos em ninguém e o nosso melhor amigo chama-se laptop.


A verdade é como uma roupa fora de moda… já não se usa.


JB